
A segurança na cidade do Porto tem sido um tema bastante discutido, nos últimos tempos. Como refere o município, há um atraso do Ministério da Administração Interna (MAI) no que toca à resposta à instalação de 117 novas câmaras de vigilância, na cidade.
A questão é que, ao que tudo indica, isso pode comprometer os investimentos feitos pela própria autarquia. Tal acontece porque, como explica a Câmara do Porto, não é possível investir os 2 milhões de euros previstos no orçamento de 2025, sem que haja, previamente, um aval do Governo.
“Não vou comprometer o orçamento da câmara. Sabemos, por parte da PSP, que, neste momento, a única coisa que falta é uma assinatura da senhora ministra” – refere Rui Moreira.
Recorde-se que, em questão, estão câmaras que deveriam ser instaladas em zonas como a Asprela, Campanhã, Estádio do Dragão, Pasteleira e Diogo Botelho. Contudo, o avanço do processo encontra-se dependente do MAI.
“É um investimento que estamos a fazer em nome do MAI. Não estamos a pedir um tostão ao Estado. Só precisamos que autorize. É um despacho simples. O sistema foi adjudicado em dezembro de 2023, mas tem estado a marinar” – refere o presidente da Câmara do Porto.
Sobre o assunto, Rui Moreira acrescenta ainda que “depois do parecer da CNPD, a PSP pediu apoio técnico à Câmara. Foi dado pela Porto Digital. Ainda em junho, reuni com o Ministério e o Comando. Sabiam que o assunto estava todo esclarecido. A 16 de setembro, a PSP enviou para o Ministério da Administração Interna a resposta a todas as questões”.
Como destaca a própria autarquia, esta já fez um investimento em 79 câmaras de videovigilância na própria cidade do Porto. Ao que tudo indica, estas já ajudaram a obter imagens acerca de 910 processos-crime.
Em declarações à TSF, Rui Moreira refere que “tem funcionado bem. A PSP tem relatado que tem sido um instrumento muito útil para impedir a criminalidade. Inclusivamente, há pessoas que têm sido vistas e captadas a cometerem crimes e, através da videovigilância, a polícia consegue imediatamente agir”.
Quanto à vigilância no Porto, é expectável que o objetivo seja expandi-la até Ramalde.