Faleceu esta quarta-feira Vasco Morais Soares. O arquiteto portuense foi responsável pelo restauro da Livraria Lello e fez parte do júri do concurso do Terminal Intermodal.
Seguiu as pisadas do pai, Mário Cândido Soares, ao formar-se em Arquitetura pela Escola Superior de Belas Artes do Porto, em 1971.
Também há registo de obra internacional, no seu percurso profissional de excelência.
Ainda recém-licenciado, rumou a Angola, onde trabalhou no Gabinete de Obras Públicas de Luanda, até 1975, desenvolvendo projetos de Arquitetura e Urbanismo.
Entre 1975 e 2000, já em Portugal, integrou quatro direções da Associação de Arquitectos Portugueses e presidiu ao Conselho Diretivo Regional do Norte (1987-1989) e à Mesa da Assembleia-geral no mandato de 1993-1995. Coordenou a revisão estatuária, organizou o referendo à classe relativo à designação de “Ordem” e a votação do seu Estatuto.
Em 1995 foi responsável pelo restauro da icónica Livraria Lello e, em 2016, pela recuperação do vitral que cobre o piso nobre do mesmo edifício e pela restituição da cor original à sua fachada neogótica, datada de 1906.
Em 2014, no dia Mundial da Arquitetura (6 de outubro), Vasco Morais Soares foi um dos sete arquitetos portugueses a receber o título de Membro Honorário da Ordem dos Arquitectos.
Refira-se que foi, ainda, deputado municipal pelo CDS-PP no início do milénio, fez parte da Comissão Municipal de Toponímia e, mais recentemente, integrou o júri do concurso do Terminal Intermodal.