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Faculdade de Belas Artes reabre Pavilhão de Exposições à cidade

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O equipamento pretende “voltar a ser um lugar aberto à cidade” e um espaço de descoberta dos novos talentos saídos da escola que apresentou ao mundo nomes como os de Ângelo de Sousa, Nadir Afonso, Júlio Resende ou José Rodrigues.

Mais de 60 anos após ter aberto as portas pela primeira vez, o reabilitado Pavilhão de Exposições da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP) vai reabrir esta segunda-feira (Dia Internacional dos Museus), com imagem renovada e com o propósito de “voltar a ser um lugar aberto à cidade” e um espaço de descoberta dos novos talentos saídos da escola que apresentou ao mundo nomes como os de Ângelo de Sousa, Nadir Afonso, Júlio Resende ou José Rodrigues.
Localizado no coração do conjunto de edifícios e jardim da FBAUP (Avenida Rodrigues de Freitas 265), classificado Monumento de Interesse Público em 2013, o Pavilhão de Exposições da faculdade vai agora retomar a sua função original de espaço expositivo, fruto de um trabalho de reabilitação iniciado em 2014 e liderado pelos arquitetos Carlos Guimarães (diretor da Faculdade de Arquitetura da U.Porto) e Luís Soares Carneiro.
O projeto, orçado em 400 mil euros, procurou manter o traçado moderno e funcional do edifício. Entre as características principais da sala – com cerca de 280 m2 de superfície e 4,50 m de altura – destacam-se a luz natural proveniente da ampla janela na parede norte e a cobertura envidraçada ao longo de toda a galeria, controlada por um sistema de lâminas ajustáveis.
Para o diretor da FBAUP, José Carlos de Paiva, a intervenção “ajusta o Pavilhão  às necessidades e expectativas atuais, introduzindo melhores condições de conforto, segurança e controlo ambiental, respeitando e repondo, no entanto, as singulares características do espaço expositivo original”.
O Pavilhão e Exposições foi inaugurado em 1954, resultado de um projeto do arquiteto Manuel Lima Fernandes de Sá (1903–80) e integrado num conjunto de novos edifícios que incluía também o Pavilhão de Arquitetura. Apesar de ter sido concebido como sala de exposições, o espaço acabaria, contudo, por ser dividido em salas de aulas.
O edifício retoma agora a sua função original afirmando-se como “lugar de apresentação do acervo do Museu, do trabalho dos estudantes da FBAUP, enfim, de produção artística propiciadora de construção de pensamento e debate crítico”. Mas mais do que isso, “voltará a ser um lugar aberto à cidade, de afirmação de identidade, de questionamento do presente e de imaginação de futuros”, afirma José Carlos de Paiva.
Com início às 15h, a cerimónia de inauguração do Pavilhão vai contar com a presença do diretor da FBAUP e do Reitor da Universidade do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, momento que será ainda assinalado com a inauguração da exposição 520 HORAS, composta por obras do acervo do Museu da FBAUP.

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