A exposição “751 – Os dias de Paulo Cunha e Silva” possui, ainda, registos da documentação do último dia de trabalho do vereador na autarquia portuense.
Segundo Guilherme Blanc, adjunto do presidente da Câmara do Porto para a área da cultura, esta exposição será “emotiva e intimista”, sublinhando que não se trata de uma exposição de homenagem.
“Não é uma exposição de homenagem. É uma exposição que se propõe revisitar o ambiente de ação do Paulo Cunha e Silva, apresentando as obras de arte que o acompanhavam diariamente e também algumas imagens que marcaram o [seu] último dia de vereação”, diz Guilherme Blanc.
“751”, que alude ao número de dias como vereador da Câmara do Porto, após as autárquicas de 2013, é uma exposição que “assinala um ano do desaparecimento de Paulo Cunha e Silva e que propõe um reencontro com o ambiente de ação” que impôs.
A exposição vai estar patente ao público até 11 de janeiro, dia em que a Câmara do Porto lança um livro dedicado à memória do mandato do antigo vereador da Câmara do Porto.
Paulo Cunha e Silva, alentejano que nasceu em Beja, a 9 de junho de 1962, foi também crítico de arte, curador, presidente do antigo Instituto das Artes (anterior à atual Direção-Geral das Artes), do Ministério da Cultura.
Licenciado em Medicina e doutorado em Anatomia, na Universidade do Porto, Paulo Cunha e Silva morreu aos 53 anos, a 11 de novembro de 2015, vítima de um enfarte de miocárdio, poucos meses depois de ter recebido a condecoração do governo francês de Cavaleiro de Ordem das Artes e Letras.