Patente até 22 de abril no Museu de Serralves, a exposição, que será inaugurada a 19 de janeiro e abre ao público no dia 20, chega à Europa e ao Porto no âmbito de uma colaboração entre Serralves, o Museum der Moderne, em Salzburgo, na Áustria, e a Fondazione Merz, em Itália.
A mostra, refira-se, atravessa cinco décadas de obras da artista nascida em 1926, desde os primeiros trabalhos no âmbito do movimento ‘Arte Povera’ até aos trabalhos de retrato dos anos 1980 e 1990 e às instalações artísticas, entre escultura, pintura e outros trabalhos gráficos.
Sendo a única representante feminina da ‘Arte Povera’, Marisa ficou associada ao marido, Mario Merz, também ele um elemento proeminente do movimento, mas depois da morte do pintor e escultor, em 2003, as suas obras têm recebido mais atenção.
Um dos destaques da mostra é também a sua peça mais antiga, “Living Sculpture”, iniciada em 1966, um “emaranhado de alumínio modelado, pendurado do teto, que combina arestas metálicas com contornos suaves e biomórficos”, explica a apresentação da exposição.
Nos últimos anos, a italiana voltou-se para as instalações, aumentando a complexidade e as dimensões de cada peça, com uma aproximação a trabalhos multimédia e à própria obra gráfica e pintura.
Entre as obras recentes, nota para uma série de “grandes pinturas de anjos alados, que contrastam a impressionante beleza com uma surpreendente ausência de sentimentalismo”.