A Fundação Manuel António da Mota recebe esta quinta-feira, dia 19 de dezembro, pelas 19h00, a exposição de obras inéditas da artista Luísa Mota, que representa uma homenagem a Manuel António da Mota, seu avô, e figura principal da série de trabalhos que compõem a mostra, intitulada “Subiu a construção como se fosse máquina”.
Segundo revela o comunicado enviado à VIVA!, a exposição resulta de um diálogo entre as obras da série “Dedicação ao Pai” de Luísa Mota, com o “Livro Terceiro Da Arte Edificatória: A Construção”, de Leon Battista Alberti, e a música poética de Chico Buarque (proveniente do seu trabalho “Construção”), para descreverem a vida e obra de Manuel António da Mota.
Em “Subiu a construção como se fosse máquina” a artista “ilustra complexas composições antropomórficas articuladas com paisagens naturais e humanas, que sintetizam várias dimensões da construção”, pretendendo, desta forma, “representar o legado de um homem, de uma família e em última instância da própria civilização”.
“As várias camadas de materiais e técnicas que Luísa Mota aplicou são o registo documental da ação ao longo do tempo, que, enquanto quarta dimensão, permitiu que a artista fizesse interpretações diferentes sobre o mesmo tema, em dois momentos separados por uma década”, explica a nota divulgada, onde se lê ainda que, inicialmente, o trabalho se centrou num processo de investigação e pesquisa intenso sobre o seu avô, retratando o papel central da família na sua vida assim como a vontade de conhecer novos mundos, abordando depois o tema numa perspetiva mais arqueológica.
Com curadoria de Luís de Sousa, a exposição estará patente ao público até ao dia 29 de fevereiro e pode ser visitada, gratuitamente, de segunda-feira a sábado, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.
