
Na noite de 11 de outubro de 2024, os Expensive Soul protagonizaram um espetáculo memorável no Coliseu do Porto, celebrando 25 anos de carreira.
Com uma sala lotada e um público entusiasta, a banda revisitou os cinco álbuns lançados ao longo da sua história, trazendo para o palco versões renovadas dos seus maiores sucessos, num concerto especialmente preparado para a ocasião.
Formada em Leça da Palmeira, a dupla composta por Tiago Novo, conhecido como New Max, e António Conde, conhecido como Demo, consolidou-se como um dos projetos musicais mais emblemáticos de Portugal, particularmente entre 2004 e 2014.
A sua fusão de géneros, como soul, reggae, R&B e hip-hop, rapidamente cativou os fãs com o seu primeiro álbum B.I. em 2004, que incluía o êxito “Eu Não Sei”. Desde então, a banda tornou-se uma referência na música portuguesa.
O percurso da banda começou em 1999, mas foi em 2000, ao serem convidados para abrir os concertos de Kika Santos, que perceberam a necessidade de expandir a sua formação. Assim, nasceu a Jaguar Band, uma banda completa com baixo, bateria, guitarras e teclados, que trouxe uma dimensão mais rica às atuações ao vivo dos Expensive Soul.
O concerto no Coliseu do Porto destacou-se pela intensa ligação entre a banda e o público. A energia vibrante da plateia foi contagiante, com os fãs a cantar em uníssono quase todas as canções.
Em vários momentos, os músicos interromperam a sua atuação para absorver a força do coro da multidão, numa atmosfera de celebração coletiva. A inclusão de trompetes em músicas como “Cupido” e “Sonhador” deu um toque inovador e refrescante ao espetáculo.
A atuação também contou com momentos emotivos, particularmente no encore, com as músicas “Game Over” e “Porto Sentido”. Esta última, com um significado especial para o público da cidade, foi recebida com uma resposta calorosa, evidenciando a forte ligação dos Expensive Soul com o Porto e os seus fãs locais.
Para além da nostalgia, o concerto demonstrou a evolução musical da banda ao longo dos anos. A sonoridade única dos Expensive Soul, que combina elementos orgânicos com influências contemporâneas, provou estar mais refinada do que nunca, confirmando a capacidade do grupo de se reinventar e de continuar a surpreender.
Com 25 anos de carreira, os Expensive Soul provaram que, tal como o Vinho do Porto, o tempo apenas aprimora a sua qualidade. O concerto no Coliseu foi uma verdadeira celebração da música portuguesa e um testemunho de que o legado da banda continuará a marcar gerações.





