Recentemente, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) fez um estudo, juntamente com a Associação Portuguesa de Osteoporose, que permitiu saber que 15% da população em Portugal sofre de osteoporose.
O estudo foi publicado esta semana, sendo que o rastreio foi desde outubro de 2022 a maio de 2023. Feitas as contas, foram avaliados dados de 767 pessoas, essencialmente mulheres (74%), e a média foi de 58 anos de idade.
De acordo com o Porto Canal, a média nacional, com base no estudo, é de 15%. No entender de Daniela Santos Oliveira, estamos perante uma “doença crónica silenciosa”. A própria explica ainda a forma desta se manifestar.
“Às vezes ouvimos os doentes dizer que têm osteoporose na anca ou na coluna e não é verdade. Não é uma doença localizada, é uma doença sistémica. Às vezes pode nem ter sintomas ou ter apenas sintomas só quando já há fraturas” – refere a investigadora da FMUP.
Assim, Daniela Santos Oliveira acredita que é preciso “uma ação mais ativa” e considera que há um “subdiagnóstico” da doença. “Acredito que estejamos só a diagnosticar quando efetivamente já há fratura e não é isso que se deseja. Queremos diagnosticar antes” – refere.
O que tiveram de fazer os voluntários?
Segundo a mesma fonte de informação, os voluntários tiveram de realizar uma densitometria óssea, um exame que mede a densidade óssea. Os números indicaram que 1 em cada 4 pessoas, aproximadamente, tinha alguma fratura óssea ou fragilidade.
Importa ainda referir que, do lote analisado, segundo a FMUP, “mais de 10% dos indivíduos reportaram perda da altura ao longo do tempo, o que pode ser sugestivo de fraturas vertebrais”.
A investigadora refere ainda que a osteoporose é, geralmente, associada a mulheres no período do pós-menopausa ou a idosas. Ainda assim, refere que, para os homens, “tem maior mortalidade e que pode levar a maior incapacidade” (via Porto Canal).
Sendo assim, como refere a mesma fonte de informação, rastrear a osteoporose é algo aconselhado a mulheres com mais de 50 anos, depois da menopausa. É também indicado para homens com mais de 70 anos, ou jovens com alguma fragilidade óssea.