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Estudo da U.Porto alerta para falhas nos registos médicos

Estudo da U.Porto alerta para falhas nos registos médicos

Uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde analisou a qualidade dos dados nos registos de saúde em Portugal e detetou alguns problemas.

Documentação incompleta, indisponibilidade de materiais e recursos para auxiliar o processo de codificação e falta de clareza nos registos foram algumas das falhas encontradas pelos investigadores.

“A recolha e o armazenamento” dos dados clínicos “são essenciais para os tratamentos futuros aos pacientes”, considera Vera Pires, investigadora principal do estudo, alertando que “a falta de qualidade dos dados clínicos pode comprometer a comunicação entre os profissionais de saúde, bem como o acesso correto ao diagnóstico do paciente”.

Segundo explica o portal de notícias da U.Porto, a codificação clínica é o processo de transformação das informações contidas nos registos de saúde sobre doenças em códigos numéricos ou alfanuméricos. Os registos de saúde representam uma fonte de dados sobre o estado de saúde do paciente, de doenças, de progressão da doença, entre outros. Têm a função de ajudar os profissionais de saúde na prestação dos cuidados, constituindo um suporte clínico e legal.

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Os investigadores consideram que os clínicos estão pouco sensibilizados para a importância destes registos na atividade de codificação, sendo que documentação incompleta pode prejudicar o processo de codificação.

“De facto, a existência de erros no processo de codificação, como a ausência de notas de alta e relatórios de operatório, não permitem o acesso correto ao diagnóstico do paciente”, explica Alberto Freitas, coordenador do estudo, docente da FMUP e investigador do CINTESIS.

O estudo, publicado na revista científica Health Information Management Journal, apresenta um conjunto de soluções para melhorar a qualidade dos registos de saúde e, consequentemente, da prestação de cuidados, como a utilização de padrões mais concisos e a promoção de auditorias externas.

A equipa de investigadores considera ainda que deve haver uma maior consciencialização por parte dos profissionais de saúde para a importância destes registos.

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