A implementação de um sistema de atuação rápida para acidentes e de controlo de velocidade dinâmica e uma revisão geral do sistema de portagens são algumas das medidas apontadas no estudo que a Câmara do Porto encomendou para resolver o congestionamento da VCI.
O anúncio foi feito esta sexta-feira pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, em reunião do Conselho Metropolitano do Porto (CmP).
O estudo que a autarquia encomendou à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) para “levantamento da situação atual da Via de Cintura Interna (VCI)” recomenda a implementação de sistemas de atuação rápida para acidentes e de controlo de velocidade dinâmica, bem como a redefinição de portagens na rede circundante.
Segundo o autarca, a VCI é a via que regista o maior número de acidentes na Área Metropolitana do Porto, sendo que a resolução de cada um “demora, em média, três horas”.
O trabalho aponta também como soluções a retificação de nós de ligação da VCI à rede nacional e municipal.
Estas soluções foram reveladas no âmbito da discussão do ponto da agenda de trabalhos sobre “Mobilidade na VCI – análise e propostas”, criticando ter tido conhecimento da entrada em vigor de radares na VCI, prevista para breve, pela comunicação social e não pela Infraestruturas de Portugal (IP).
Rui Moreira fez ainda referência a alguns dados de um estudo da Associação Comercial do Porto, datado de abril, sobre gestão da rede rodoviária nacional, afirmando que a atual colocação das portagens “conduz a um crescente condicionamento” em vias estruturantes do Porto e de Lisboa, designadamente VCI e Segunda Circular de Lisboa.
Rui Moreira considera que os autarcas da Área Metropolitana do Porto devem fazer agora “uma avaliação” das conclusões dos estudos e, “com urgência”, falarem com o ministro das Infraestruturas, Pedro Marques.
“Isto já não se resolve com a IP”, sublinhou. De referir que o autarca portuense criticou a forma como a IP avançou com a reativação dos radares da VCI sem ouvir a câmara.