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Este projeto inovador no Porto pode “dar vida” a 124 novas casas acessíveis

Este projeto inovador no Porto pode

A cidade do Porto vai receber aquele que é apontado como o primeiro grande projeto “build to rent” em Portugal. A iniciativa resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal do Porto e o Grupo Ageas Portugal, com o objetivo de disponibilizar 124 habitações de renda acessível na zona de Campanhã, dentro de dois anos.

A proposta será discutida na reunião do Executivo municipal de 16 de junho e enquadra-se na atualização do programa Porto com Sentido, adaptado às novas regras do arrendamento acessível e ao chamado “simplex urbanístico”.

Com investimento exclusivamente privado, o projeto será desenvolvido pela empresa Garcia Garcia e inclui um total de 151 fogos, dos quais 124 serão disponibilizados com rendas reduzidas, pelo menos 20% abaixo dos valores praticados no mercado livre. As tipologias vão de T0 a T3, com rendas mensais entre os 525 e os 950 euros.

Segundo a autarquia, não há encargos diretos para o Município, exceto no que diz respeito a eventuais subsídios de apoio à renda, estimando-se um valor anual de cerca de 160 mil euros. Estes apoios, que inicialmente cobriam até 30% da renda, poderão atualmente abranger até metade do valor pago pelos inquilinos.

O modelo de arrendamento terá uma duração mínima de dez anos, com possibilidade de prorrogação por igual período. A Câmara do Porto será responsável pela gestão dos arrendamentos, assegurando que os fogos cheguem às famílias que não têm acesso à habitação social, mas que também não conseguem suportar os preços do mercado.

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Para o presidente da Câmara do Porto, trata-se de um modelo que prova ser possível conjugar investimento privado com políticas públicas para criar soluções habitacionais sustentáveis. O Município considera que este projeto pode servir de exemplo a replicar no futuro.

O diretor-geral do Grupo Ageas Portugal afirmou, em declarações ao JN, que este será o primeiro investimento privado em larga escala com foco no arrendamento acessível em Portugal, sublinhando o impacto social da iniciativa e a importância de empresas com visão de longo prazo apoiarem respostas às necessidades da comunidade.

Também Miguel Garcia, administrador da empresa construtora, destacou o caráter inovador do projeto e o seu contributo para a promoção de cidades mais inclusivas, afirmando que este tipo de parcerias público-privadas reflete um compromisso com soluções concretas de acesso à habitação.

Este novo investimento reforça a aposta da autarquia na diversificação da oferta habitacional. De acordo com a Câmara, já foram colocadas no mercado, através da SRU – Porto Vivo, 385 habitações de renda acessível, abrangendo 881 residentes. Estão ainda em curso várias intervenções de reabilitação, nomeadamente na Lomba, na Rua 9 de Abril, em Lordelo do Ouro e nas Eirinhas.

Campanhã, apontada como uma das zonas com maior potencial de regeneração urbana da cidade, volta assim a ganhar protagonismo na estratégia habitacional do Porto.

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