
Contando este ano com 35 artistas de Portugal, França e Espanha, o evento tem caráter competitivo e prevê prémios atribuídos por um júri, pelo próprio público e também por uma seleção de fotógrafos profissionais.
Na edição deste ano, o evento vai adotar “um formato especial”, procurando funcionar como “uma pequena homenagem a todos aqueles que ajudaram a construir o Encontro como uma verdadeira festa da criatividade”.
Um desses artistas é António Gomes dos Santos, que marcou presença em todas as edições do Encontro de Espinho.
“Pelas pesquisas que tenho feito na ‘net’, acho que corro o risco de ter sido a primeira estátua viva no mundo inteiro. Isto já existia no teatro clássico grego, na arte sacra medieval e no circo do século XIX, por exemplo, mas, isoladamente, só por si, parece que fui o primeiro”, disse o artista.
Em 1988 o português já era recordista do Guiness Book of Records, por se ter mantido imóvel durante 15 horas, 2 minutos e 55 segundos, e, embora superado duas vezes por estátuas vivas da Índia, acabou sempre por retirar-lhes novamente o recorde. Só em 2003, quando o Guiness deixou de funcionar como serviço público e passou a cobrar “uns 10 000 euros” pela avaliação de desempenhos, é que deixou de recorrer a esse formato, embora tenha mantido os mesmos rigorosos critérios de apreciação, “com notário e tudo”, quando bateu novo recorde: 20 horas, 11 minutos e 36 segundos de imobilidade.
O XX Encontro Internacional de Estátuas Vivas de Espinho concretiza-se em dois grandes momentos: um no sábado à noite, que vai ocupar o Lago da Câmara Municipal a partir das 21h30, para o “Lu(g)ar de Estátuas”, onde o público poderá apreciar o trabalho de artistas premiados em anteriores edições da iniciativa; e outro, no domingo, no mesmo local, mas a partir das 15h, para a sessão competitiva de 2016.