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Estátua de D. Pedro IV no Porto destaca 2 momentos: quais são?

Estátua de D. Pedro IV no Porto destaca 2 momentos: quais são?

No ano de 1866, foi inaugurado um monumento na antiga Praça de D. Pedro, hoje conhecida como Praça da Liberdade, em homenagem ao rei D. Pedro IV, no Porto. 

Tal como refere a Câmara do Porto, esta obra, criada pelo escultor Célestin Anatole Camels, é composta por uma imponente estátua equestre onde o monarca é retratado a usar o uniforme do regimento Caçadores 5 e a segurar a Carta Constitucional, símbolo da sua contribuição à nação. 

No pedestal em mármore da estátua, e tal como a autarquia destaque, encontram-se destacados 2 momentos importantes da relação de D. Pedro com a cidade do Porto. Vamos por partes.

O primeiro desses momentos é a chegada dos “Bravos do Mindelo”. Este grupo, formado pelos combatentes liberais que desembarcaram entre Pampelido e Mindelo, acompanhou D. Pedro na luta pelo trono da sua filha, D. Maria II, contra o seu irmão D. Miguel. 

Esse grupo de liberais estabeleceu-se no Porto e resistiu ao cerco das forças absolutistas, que durou de julho de 1832 a agosto de 1833. Durante esse período, D. Pedro liderou as tropas liberais enquanto assumia a regência do país como duque de Bragança.

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Inicialmente, o regente residiu no Palácio das Carrancas, mas, devido aos bombardeios constantes, transferiu-se para a casa dos Ribeiro de Faria, na Rua de Cedofeita. 

Mesmo com a mudança, este continuava a assistir às missas na Igreja da Lapa, onde, anos mais tarde, o seu coração seria guardado. Este local tornou-se num símbolo eterno da sua ligação à cidade, com o coração depositado numa urna protegida por cinco chaves, uma das quais pertencente ao presidente da Câmara Municipal do Porto.

O segundo momento representado no pedestal do monumento é a “Entrega do Coração de D. Pedro”. Em 1835, conforme o seu desejo expresso em testamento, o coração foi entregue à cidade numa cerimónia protocolar. A sua filha, D. Maria II, garantiu que este último desejo fosse rigorosamente cumprido.

Além da sua liderança militar, D. Pedro também promoveu diversas melhorias no Porto durante o cerco. Como sinal de gratidão e reconhecimento à resistência da população, em abril de 1833, o próprio adicionou à cidade a insígnia da Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada, além de conceder o título de duque do Porto ao seu segundo filho. 

Posteriormente, D. Maria II integrou esses elementos ao brasão da cidade, incluindo um coração dourado sobre um escudete vermelho como símbolo da ligação eterna de D. Pedro ao Porto. Ela também atribuiu à cidade o título de “Invicta”, perpetuando assim a memória da sua resiliência e da sua importância na história liberal de Portugal.

Fotografia: Filipa Brito
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