
Na zona Norte do país, há quatro antigas áreas mineiras que estão a ser recuperadas. Neste caso, nas zonas de Castelo de Paiva, Oliveira de Azeméis, Vila Nova de Cerveira e Vila Pouca de Aguiar. A recuperação ficará por cerca de 19 milhões de euros.
A informação foi avançada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), em nota oficial. Segundo a CCDR-N, “o investimento em áreas dos distritos de Aveiro, Viana do Castelo e Vila Real, superior a 19 milhões de euros, é financiado em 14,5 milhões de euros pelo FEDER” (via Porto Canal).
O comunicado oficial explica ainda que o programa de financiamento europeu Norte 2030 aprovou o apoio a projetos que visam eliminar passivos ambientais. Nestas antigas áreas mineiras, os trabalhos procuram fazer uma recuperação ecológica.
Esta manifesta-se desde a descontaminação dos solos e da água, à revitalização da paisagem e zelo pelo património (i)material relacionado com o setor mineiro.
Segundo a mesma fonte de informação, nas zonas mineiras de Covas (Vila Nova de Cerveira) e Jales (Vila Pouca de Aguiar), serão introduzidas “medidas de reabilitação hidrológico-ambiental orientadas para a eliminação e isolamento de matéria contaminante e contaminada e para a separação das águas de boa qualidade das águas ácidas e poluídas”.
Já na zona do Pintor, em Oliveira de Azeméis, pretende-se que o trabalho de requalificação ecológica ajude a recuperar a biodiversidade. Para tal, o objetivo é criar as condições precisas para a instalação de espécies autóctones.
Espera-se que aqui o terreno seja descontaminado e que as taludes sejam estabilizadas. A somar a isso, também haverá lugar à contenção da erosão e do escorrimento superficial, assim como ao tratamento dos efluentes resultantes da atividade mineira na região.
Na zona de Castelo de Paiva, também será recuperado e “salvaguardado” o património associado à atividade mineira. Para além disso, haverá lugar à criação de um centro de visitas na região e à recuperação do poço Germunde I, assim como da paisagem envolvente.
No documento oficial, a CCDR-N menciona ainda “a monitorização da qualidade da água e o estudo de descontaminação e reabilitação da zona industrial da área mineira do Pejão/Germunde”.
O presidente da CCDR-N, António Cunha, salienta que é uma intervenção já desejada há muito tempo pela população e que terá um grande impacto naquela que é a qualidade de vida da região.