
Nos últimos dias, ficamos a conhecer um novo tipo de tatuagem, feito pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP). No fundo, trata-se de uma tatuagem eletrónica que consegue analisar, em tempo real, informações relevantes sobre o ser humano.
De acordo com o Jornal de Notícias (JN), uma das informações que consegue extrair é, por exemplo, a temperatura do corpo. Supostamente, trata-se de uma instalação indolor e a tatuagem poderá ser usada pela medicina, a partir dos próximos anos.
Quem se pronuncia sobre esta descoberta é André Pereira. O professor no Departamento de Física e Astronomia da FCUP, um dos líderes do estudo, refere que a inovação “possa ser bastante útil, por exemplo em crianças, de quem será possível retirar dados de forma não intrusiva”. No entanto, deixa a garantia de que também poderá ser utilizado em adultos.
“A temperatura é conseguida sem necessidade de imobilização do paciente, com maior precisão e sem recurso aos tradicionais objetos externos, como o termómetro. A tatuagem também deteta precocemente inflamações, reações alérgicas ou traumas e lesões, que podem ser monitorizadas ao segundo” – explica, citado pelo JN.
Entrando em detalhes mais técnicos, este sistema é constituído por fios eletrónicos praticamente invisíveis. Estes ligam-se a um sistema de microprocessadores, de maneira a analisar o sinal e mais informações.
Segundo a mesma fonte de informação, é possível colocar a tatuagem em todas as partes do corpo. Esta é funcional durante 7 dias seguidos, sendo depois removida ou substituída. A equipa não negligencia, também, a parte visual da tatuagem, já que estas são adornadas com luzes LED.
A fase já é de avançado desenvolvimento, no entanto André Pereira acredita que “ainda temos de tornar [a tatuagem] mais multifuncional para que seja mais abrangente, esse é o passo seguinte”.
Crédito da Fotografia: (via SIC.FCUP)