Várias peças do espólio do escritor Camilo Castelo Branco podem ser vistas, no Porto, até ao dia 1 de junho, numa exposição repartida entre a Irmandade de Nossa Senhora da Lapa e o Centro Português de Fotografia (CPF). A iniciativa foi inaugurada esta segunda-feira, dia em que se assinalaram os 190 anos do seu nascimento. O revólver do romancista e as balas que continha fazem parte do material exposto, desvendado pela primeira vez. De recordar que o autor de “Amor de Perdição” foi sepultado no cemitério da Irmandade e esteve preso, em 1860, na antiga Cadeia da Relação, atual CPF.
Em declarações aos órgãos de comunicação social, Manuela Rebelo, da referida Irmandade, referiu que a parceria entre os dois espaços foi “muito bem acolhida”, sendo que se está, agora, a mostrar, de forma inédita, peças como uma caixa de rapé, uma luneta e vários documentos inéditos que se encontravam guardados. “A irmandade é uma instituição que, pela sua natureza, é fechada, reservada aos irmãos, mas tem consciência da importância do seu acervo e da importância dos bens que possui e, portanto, tem vontade de os mostrar à cidade e de ser um parceiro juntamente com outros que podem mostrar peças importantes”, frisou. Para visitar a exposição, aberta, à semana, das 9h30 às 12h00 e das 14h30 às 18h00, deve-se entrar pela lateral da Igreja da Lapa. Ao fim de semana, o horário de visita é das 15h00 às 19h00. O certame prolonga-se até ao dia 1 de junho, que marca os 125 anos da morte do escritor.