O espetáculo procura “reinventar a perceção e interpretação do movimento coreográfico, sem narrativa explícita, numa quase penumbra”.
O provérbio que dá nome à peça inspira-se, antes de mais, num fenómeno fisiológico: à noite, quando a luz é fraca, os três tipos de cones da nossa retina, que são responsáveis pela visão diurna, não têm sensibilidade suficiente. Os bastonetes, que permitem a visão noturna, substituem-nos, mas só há um tipo que permite distinguir as cores. Assim, “todos gatos, seja qual for a sua verdadeira cor, parecem pardos”. Sem iluminar os factos não se podem tirar conclusões, porque todas as coisas se assemelham. Deixa de haver belo, ou feio, ou bom ou mau. Uma espécie de “cegueira dos sentidos”.
Após o espetáculo, segue-se uma conversa com Bruno Teixeira, fundador do pazpazes, instrutor de yoga, meditação e musicoterapia.
Quarta-feira 15 Fevereiro, 2017
Espetáculo de dança no Rivoli
Na próxima sexta-feira, 17 de fevereiro, a Companhia Instável estreia “La Nuit Tous Les Chats Sont Gris”, com coreografia de Laurence Yadi e Nicolas Cantillon, no teatro Rivoli.