A 19.ª edição da Viagem Medieval em Terra de Santa Maria arrancou esta quarta-feira à noite, num recinto de 33 hectares que leva qualquer visitante a mergulhar numa viagem ao século XIII, no centro histórico da cidade de Santa Maria da Feira. Até 9 de agosto, o certame desvendará as peripécias de D. Afonso III, rei de Portugal e do Algarve, que expulsou os mouros do território e conquistou o sul do país. E a agenda de eventos é generosa: há 46 espetáculos diários. Pela primeira vez na história do evento, as visitas guiadas serão realizadas em cinco línguas: mandarim, inglês, francês, espanhol e alemão.
A organização espera uma média de 50 mil visitantes por dia e não esconde a intenção de chegar a um novo nicho de público estrangeiro. O fator surpresa e a inovação são outros ingredientes de que não prescinde nesta tarefa de regressar ao passado com cavaleiros, príncipes e princesas, guerreiros, nobres e pedintes. Este ano, a componente infanto-juvenil foi reforçada para contar aos mais novos a história de D. Afonso III e para lhes mostrar a granja dos animais, ou seja, uma espécie de fazenda com ovelhas, gansos, porcos, cães, entre outros animais, instalada nas margens do rio Cáster.
Todos os dias, a partir das 23h30, as margens deste rio servirão de palco ao espetáculo de grande formato “O Último Reduto”, destinado a recordar a conquista da cidade de Faro, então em mouras mãos. De referir que, nesta recriação, haverá algo inovador: a utilização de “cenários alteráveis”, possibilitados pelo carpinteiro Arnaldo Pinho, que concebeu um mecanismo hidráulico responsável pela transfiguração do cenário. Apesar de colaborar com o certame há mais de uma década, Arnaldo reconheceu que “nunca tinha feito nada assim”.
Os bilhetes diários para o evento, promovido pela autarquia local, pela empresa municipal Feira Viva e pela Federação das Coletividades de Cultura e Recreio do Concelho da Feira, custam dois euros (e três ao fim de semana).
