O diretor da Escola de Medicinas Alternativas e Complementares (EMAC) do Porto, André Dourado, considera que terapêuticas alternativas como a osteopatia, microfisioterapia, acupuntura e kineseologia deveriam integrar o Serviço Nacional de Saúde (SNS). “Cada vez as pessoas procuram mais [as terapêuticas alternativas] porque a medicina convencional é muito limitada e não dá resposta a tudo. Então, quando falamos de doenças crónicas, falamos de um mundo em que quase não há soluções na medicina convencional”, assegurou.
Para o responsável, “tudo aquilo que mostra ao longo de várias décadas que tem sido útil, deve ser inserido” no SNS, sobretudo por se tratarem de medicinas “mais baratas e, em muitos casos, mais eficazes” do que os métodos convencionais. Segundo explicou, as medicinas complementares “não são mais do que outras ideias, outras técnicas de abordagem que foram desenvolvidas ao longo de milénios e que têm eficácia na resolução de muitos problemas atuais”.
Na lista das mais conhecidas estão a acupuntura, naturopatia e osteopatia às quais se juntam “novas áreas como a microfisioterapia ou a kinesiologia que surgiram há poucas décadas e têm mostrado bons resultados, resolvendo em pouco tempo problemas que às vezes têm anos”. A kinesiologia é um “método de diagnóstico que mede os reflexos neuromusculares quando o terapeuta faz determinadas técnicas para saber se existe ou não lesão a um determinado nível”. A naturopatia, por sua vez, é uma “área de abordagem que faz diagnóstico de uma forma mais global, incluindo a dieta, atitude perante a vida e problemas emocionais”.