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Escavações arqueológicas procuram as raízes remotas de Matosinhos

Escavações arqueológicas procuram as raízes remotas de Matosinhos

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Decorre até ao dia 26 de maio a segunda fase das escavações arqueológicas no Castro do Monte Castêlo, em Guifões, no concelho de Matosinhos. Todos os interessados vão poder usufruir duma visita guiada ao sítio arqueológico.

Foram retomados, no sítio do Castro do Monte Castêlo, em Guifões, os trabalhos arqueológicos que, no ano passado, permitiram recolher vários vestígios do passado remoto de Matosinhos, incluindo uma habitação do século I a.c., os quais reforçaram a convicção de que existiu em Matosinhos, há cerca de dois mil anos, uma importante estrutura portuária de comércio internacional.
Esta segunda campanha de escavação, que procura as raízes remotas de Matosinhos, integra um projeto plurianual de investigação, valorização e divulgação deste sítio arqueológico, também conhecido como “Castro de Guifões”, referiu, em comunicado, a autarquia local.
“Procurando clarificar o modo como decorreu o crescimento e o posterior desaparecimento da povoação portuária, esta segunda campanha arqueológica procurará aprofundar os muito promissores resultados alcançados na escavação de 2016”, realçou a câmara.
No ano passado, foram ainda recolhidos, para estudo posterior, numerosos fragmentos de cerâmicas e amostras de sementes que darão indicações para a reconstituição dos diversos aspetos da vivência quotidiana das populações que habitaram este local, frisou.
“O lugar do Castro do Monte Castêlo é um ponto fulcral para a história de Matosinhos e da Área Metropolitana do Porto, preservando as raízes enterradas da primeira povoação de Matosinhos, habitada desde antes do século V antes de Cristo até ao século V da Era cristã. Sob a terra e a vegetação ocultam-se mil anos de vida quotidiana das populações que aqui se cruzaram com soldados, comerciantes e marinheiros oriundos de outras províncias do império romano, integrando-se progressivamente num novo espaço económico e político de âmbito europeu”, explica.
A partir do dia 19 de maio, todos os interessados poderão visitar as escavações, aproveitando os Dias Abertos, e assim contactar com os investigadores e usufruir duma visita guiada ao sítio arqueológico.
As escavações resultam de um protocolo de colaboração entre a Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) e a Câmara Municipal de Matosinhos, contando com o apoio da União de Freguesias de Guifões, Custóias e Leça do Balio e da APDL – Administração do Porto de Leixões, proprietária da parcela de terreno onde será realizada a intervenção arqueológica.
Estes trabalhos integram o módulo de formação prática em técnicas de escavação arqueológica da Licenciatura de Arqueologia da FLUP, envolvendo assim a participação de um grupo de estudantes da instituição.

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