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Equipa do IBMC desvenda mecanismo para a regeneração da espinal medula

Equipa do IBMC desvenda mecanismo para a regeneração da espinal medula
O estudo foi publicado recentemente na revista BMC Biology e pode ter implicações diretas em estratégias para recuperação de lesões da espinal medula.

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Investigadores do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), da Universidade do Porto provaram que os microtúbulos – estruturas que funcionam como esqueleto da células – são peças chave na regeneração axonal. A equipa portuguesa, juntamente com colaboradores norte-americanos, mostra que controlando a formação de microtúbulos nos axónios é possível promover o crescimento e regeneração desse prolongamento celular, essencial ao funcionamento neuronal. O estudo foi publicado recentemente na revista BMC Biology e pode ter implicações diretas em estratégias para recuperação de lesões da espinal medula,
A equipa do IBMC, liderada por Mónica Sousa, provou que condicionando certas cascatas que controlam o crescimento dos microtúbulos é possível acelerar o crescimento axonal. A capacidade adquirida por esses neurónios é tal que lhes permite atravessar a impenetrável cicatriz deixada como marca da lesão.
“Ficou claro, pelos nossos resultados, que a otimização da recuperação dos axónios passa pelo controlo fino da dinâmica dos microtúbulos, em especial no cone de crescimento”, afirmou Mónica Sousa. Os microtúbulos são estruturas responsáveis pela forma das células, como se de um esqueleto se tratasse. Mas ao contrário da visão estática que os ossos de um esqueleto possam dar, os microtúbulos são muito dinâmicos estando permanecente a ser construídos e desmontados, conferindo às células muita flexibilidade e dinâmica na forma.
Em situações de lesão do sistema nervoso central, incluindo a espinal medula, a perda de capacidades deve-se ao corte dos prolongamentos dos neurónios, os denominados axónios. São estes que estabelecem a comunicação entre a complexa rede de células do sistema nervoso. Por esse motivo, a recuperação de uma lesão passa pela regeneração dos axónios e pela substituição das ligações que se perderam entre neurónios.
Apesar das enormes descobertas dos anos mais recentes, a forma de regenerar a espinal medula ainda está longe do sucesso por se desconhecer a maioria dos mecanismos pelos quais estas células funcionam.
A equipa de Mónica Sousa tem feito grandes contributos científicos neste campo, como é exemplo o estudo –  publicado em abril passado – que identificou o transporte de componentes celulares dentro dos neurónios como o alvo principal na regeneração de lesões no sistema nervoso.

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