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“Enciclopédia dos Migrantes” apresentada na Biblioteca do Porto

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A obra, de 1.782 páginas, é apresentada esta quinta-feira na Biblioteca Almeida Garrett, no Porto, e resulta de um projeto europeu que reúne 400 testemunhos para “interrogar a experiência íntima da migração e da distância”.

Na Biblioteca Almeida Garrett, a Enciclopédia dos Migrantes vai ficar, numa primeira fase, “em exposição”, para depois ser disponibilizada “para consulta”, à semelhança das outras obras ali depositadas.
A publicação, que mobilizou 700 pessoas e 54 parceiros, tem três volumes de três quilos cada, representando 103 países e 74 línguas maternas através dos depoimentos de migrantes em Portugal, Espanha, França e Gibraltar, revelou à agência Lusa Nídia Azevedo, coordenadora local da Enciclopédia dos Migrantes.
Os testemunhos são “uma carta manuscrita íntima, dirigida a uma pessoa próxima que permaneceu no país de origem e redigida na língua materna” do migrante.
Cada carta inserida na “Enciclopédia dos Migrantes – Escrever uma história íntima das migrações entre a Finisterra Bretã e Gibraltar” é acompanhada por uma fotografia e pela sua tradução numa das quatro línguas de publicação do projeto – francês, espanhol, português e inglês”, descreveu a responsável.
“É uma obra íntima e pública, que quer ser o pretexto de múltiplas interrogações sobre esta realidade fundadora que são as migrações, elementos perpétuos de reconfiguração das sociedades contemporâneas”, acrescentou a também técnica de apoio a projetos nacionais e internacionais da ASI – Associação de Solidariedade Internacional, entidade que apresenta publicamente o projeto juntamente com a Câmara do Porto.
O projeto começou em 2007 e termina agora, com a entrega de um exemplar a cada uma das cidades parceiras, “que se comprometeram, desde 2015, a adquirir um exemplar da versão em papel”: Porto e Lisboa (Portugal), Gijón e Cádis (Espanha), Nantes, Brest e Rennes (França) e Gibraltar, todas “situadas na frente atlântica da Europa, viradas para o mar”.
“A abordagem provém de uma artista também imigrada, Paloma Fernandez Sobrino [nasceu em Espanha e vive em Franca desde 2004]. A iniciativa juntou, no início, uma pequena equipa de três pessoas, que a transportou à escala de um bairro [de Blosne, em Rennes], a um nível nacional e, por fim, europeu, envolvendo mais de 700 pessoas, entre artistas, militantes associativos, investigadores de ciências humanas e sociais, estudantes de grafismo, cidadãos e responsáveis públicos”, explicou Nídia Azevedo.

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