Na sua secção “El Viajero”, o jornal espanhol El País dedica ao Porto um artigo sobre os prazeres gastronómicos, visuais e sensoriais que a cidade proporciona. Referem-se os locais mais turísticos, que se complementam com outras sugestões fora da caixa.
“Assim é o Porto, uma cidade maravilhosa em que se pode sair de um cemitério com um ramo de flores na mão e um sorriso”, diz o artigo, em jeito de conclusão.
Com efeito, é na visita a espaços públicos que pouco suscitam a curiosidade do habitual turista, como o cemitério do Prado do Repouso, “com túmulos que se parecem com capelas e uma avenida ladeada por ciprestes”, que efetivamente “a magia” acontece: na simples compra de um molho de margaridas à saída do local, sente verdadeiramente que está numa cidade singular, personificada no sorriso da vendedora.
Mas há passagens obrigatórias nesta cidade. Não se poderia deixar de mencionar a subida dos 200 degraus da Torre dos Clérigos, a livraria Lello, as caves do vinho do Porto, os passeios à beira-rio na Ribeira, com a ponte D. Luís I como pano de fundo, a movida portuense e uma panóplia de espaços de restauração.
Os emblemáticos cafés Majestic e Guarany também não fogem ao roteiro do autor do artigo, Martín Casariego.
No “pouco conhecido” Museu Militar, localizado na Rua do Heroísmo, que foi, em tempos, o quartel-general da PIDE, o escritor pôde ver a espada do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, e muitos outros artefactos bélicos que perpassaram séculos.