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Edifício Transparente é concessionado até 2026: mas os problemas estão resolvidos?

Edifício Transparente é concessionado até 2026: mas os problemas estão resolvidos?

O Edifício Transparente vai continuar concessionado até junho de 2026, depois da Assembleia Municipal do Porto ter aprovado, por unanimidade, uma nova prorrogação do contrato. Apesar do consenso na votação, o prolongamento voltou a levantar críticas e preocupações quanto à indefinição que se mantém em torno do futuro do edifício, cuja demolição está prevista até 2028 no âmbito do Programa da Orla Costeira Caminha-Espinho (POC-CE).

Construído no contexto da Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura, o edifício foi projetado pelo arquiteto catalão Solà-Morales e começou por ser concessionado em 2004 por um período de 20 anos. Em 2024, o contrato foi prolongado por mais um ano e volta agora a ser renovado, após aprovação unânime no executivo camarário, no passado dia 5 de maio, e agora na Assembleia Municipal.

De acordo com o JN, durante a discussão, vários deputados manifestaram desconforto com o arrastar do processo e com a falta de decisões por parte das entidades competentes. Houve críticas à ausência de clareza por parte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e apelos a uma abordagem mais participada sobre o destino do edifício.

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Entre os contributos, registaram-se sugestões para abrir o debate à cidade, apelos à preservação da função pública do espaço e referências à ligação do edifício ao Parque da Cidade e ao mar, tal como previsto no plano original. Também foi sublinhado o impacto da futura linha de metrobus na relação do edifício com a envolvente.

Embora tenha sido reconhecido que manter o edifício ocupado evita a sua degradação, o tema gerou frustração entre eleitos de diferentes forças políticas, que lamentaram o regresso anual da questão à ordem de trabalhos sem que haja avanços estruturais.

O POC-CE, em vigor desde 2021, identifica 46 áreas críticas ao longo da faixa costeira entre Caminha e Espinho e determina intervenções de recuo e proteção em diversas zonas, incluindo a Praia Internacional, junto ao Edifício Transparente, cuja demolição continua prevista até 2028.

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