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Ecoturismo

Ecoturismo

De acordo  com dados da Organização Mundial de Turismo (OMT), este é o segmento turístico que, proporcionalmente, mais tem vindo a crescer, numa média de 20 a 25 por  cento ao ano, enquanto que no turismo convencional o crescimento registado é na ordem dos 10 por cento.

ecot2Para uma melhor perceção e divulgação do conceito, a Viva falou com Rui Leal, um portuense que se apaixonou pela beleza do Alto Minho, mais concretamente por  Gração, um lugar situado nas montanhas do Parque da Peneda – Gerês, uma zona âncora do ecoturismo da Região Norte. Ali construiu a sua habitação, onde passa  muito do seu tempo, e gostou tanto que não resistiu a edificar um aglomerado de duas casas para turismo rural de qualidade. “O termo Ecoturismo explica o  relacionamento entre turistas, meio ambiente e as culturas existentes nessa mesma interação”, explica, salientando as características fundamentais que devem  ser seguidas pelo ecoturismo: “impacto ambiental mínimo e insignificante nas culturas anfitriãs, máximo benefício económico para as comunidades anfitriãs e  satisfação máxima para os turistas”. São estes, em sua opinião, os ingredientes que compõem o protótipo do verdadeiro ecoturismo.
“Quem alguns dias não viveu e passeou nesta ridente e amorável região privilegiada das éclogas e das pastorais, não conhece de Portugal a porção de céu e de  solo mais vibrantemente viva e alegre, mais luminosa e mais cantante”
Ramalho Ortigão

ecot3Turismo sustentável
A paisagem é perfeita, o aroma desperta os sentidos, a frescura das manhãs claras refresca o corpo, a tranquilidade noturna transporta-nos para outra  dimensão. Quem acorda numa das bonitas Casas de Além, na aldeia de Gração, no concelho de Arcos de Valdevez, pode pensar que está no paraíso. Situadas nas  montanhas do Parque Natural da Peneda-Gerês, no Vale do rio Lima, este alojamento é constituído por duas casas, autónomas entre si, que partilham  exclusivamente o local de estacionamento, jardim e piscina. O segundo aglomerado, que também pertence ao empresário, dá pelo nome de Sobrenatura sendo  constituído por três habitações com as mesmas condições, embora mais recentes. Este alojamento aproveitou as ruínas de uma antiga quinta do século XIX uma  vez que, devido a condicionantes legais, no local não são permitidas construções novas, de raiz. Tratam-se de estruturas construídas integralmente em madeira  (Açoriana), com o objetivo de se parecerem, a nível estético, com os sequeiros tradicionais ainda existentes na aldeia. “A nossa política é a de proporcionar  o máximo conforto em qualquer época do ano com o mínimo impacto ambiental possível”. Dentro do espírito de sustentabilidade procuram utilizar matéria  naturais, como o puro algodão nas roupas de camas e atoalhados, bem como a maximização da utilização de matérias primas locais nos trabalhos de recuperação  das casas. Os dois aglomerados têm uma capacidade aconselhada para 28 pessoas. Todas as casas estão equipadas com as mais avançadas tecnologias, tendo,  inclusive, produção própria de energia, o que torna os alojamentos energeticamente autónomos. ecot4Este foi um investimento que rondou os 20 mil euros, ao que  viria a acrescer mais cinco mil para a construção de uma Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) própria, devido à falta de saneamento em toda a zona  rural. Para Rui Leal estas quantias não se traduzem em custos mas antes num “investimento na sustentabilidade” para proporcionar, não só, o máximo conforto  aos utilizadores mas também a preservação do meio envolvente. Em termos orçamentais, o investimento num «alojamento ecológico, sustentável e socialmente  responsável» foi avultado. “Estimo que o acréscimo de investimento derivado da aquisição e utilização de equipamentos e tecnologias ecológicas e de baixo  consumo, recorrendo, sempre que possível, a energias renováveis, tenha sido de cerca de 70 mil euros, num volume de investimento global que rondou os 300  mil”, salienta. 
Boas práticas ambientais
A Sobrenatura, sociedade que foi criada em 2007 com a intenção de gerir o investimento turístico Casas de Além, que já funcionava, acabou por dar o nome ao  segundo aglomerado de casas de turismo rural e irá englobar, ainda, outros projetos como uma outra casa, totalmente autónoma, que o empresário quer  reabilitar, e a requalificação da antiga escola primária do lugar. “Estamos em negociações ecot5com as entidades locais a quem apresentamos uma proposta de  refuncionalização da antiga escola primária da aldeia, que se encontra em avançado estado de degradação. Queremos transformá-la num espaço multifuncional  onde iremos centralizar os nossos serviços de receção e criar lojas de produtos artesanais/regionais, de “merchandising” e de produtos agrícolas abertas a  todos os moradores da aldeia que queiram escoar os seus excedentes”, refere. Este poderá ser um projeto mais demorado mas a futura “Casa do Coto“ deverá  estar já disponível no verão de 2013, com a sua piscina privativa, para quem queira usufruir de momentos de absoluta tranquilidade. O empresário considera  como uma espécie de missão o objetivo de proporcionar, a todos os interessados, a possibilidade de “conhecer esta fantástica região em condições de grande  conforto e com todo respeito pelo meio ambiente que as tecnologias disponíveis permitem”. Mas a sustentabilidade do ecoturismo não necessita só da boa  vontade de quem oferece os serviços mas também de quem deles usufrui. “Estamos a desenvolver “ferramentas” simples no sentido de sensibilizar os nossos  clientes para as questões já referidas e passar a mensagem que o nosso trabalho vale muito pouco sem a colaboração dos hóspedes, se estes não adotarem boas  práticas ambientais”, alerta, salientando que o “público alvo é constituído por todas as pessoas que querendo desfrutar da região, entendam o esforço e  partilhem os conceitos e preocupações relativamente ao futuro e à forma de preservar a Natureza”. Este tipo de turismo ainda é mais apreciado por pessoas  provenientes de países do norte da Europa e, este ano, já passaram pela Sobrenatura figuras ligadas à gestão de parques naturais, direção de departamentos de  responsabilidade social de grandes empresas europeias, produtores de filmes e fotógrafos especializados em natureza.
ecot6Contacto com a Natureza
Questionado sobre a importância do ecoturismo no crescimento do setor, em especial no Norte do país, o empresário alertou para a necessidade de preservação  da Natureza. “Este é um recurso natural que deve ser preservado a todo o custo. Há que ter consciência que não se fabrica de novo e a sua reconstrução é  extremamente difícil e onerosa, por isso há que fazer uma utilização racional, sendo que o ecoturismo e atividades associadas são das únicas soluções para a  sua exploração comercial racional e sustentável”.
Apesar de envolvidos pela absoluta tranquilidade, muito há a descobrir nesta zona de excelência para o turismo rural. Rodeados de pequenas aldeias  tipicamente minhotas, que podem ser exploradas por uma infinita riqueza de pormenores, de paisagens soberbas e de verdadeiro ar puro, todos os momentos são  bons para escolher um dos vários caminhos que nos levam diretamente ao rio Lima, onde se pode usufruir de refrescantes banhos nas sua águas límpidas, ou nas  fantásticas quedas de água que desaguam em lagoas naturais, e que se podem encontrar ao longo de diversos percursos.
Apesar do verão ser a época propícia à prática de atividades ao ar livre, sendo a mais procurada pelos turistas, estes locais afiguram-se como uma excelente  opção para estadias de inverno. “Esta deixa de ser a época de piscinas e rios e passa a ser a época de montanha, em todo seu esplendor, excelente para  trilhos pedestres, observação da fauna e flora, pesca e BTT”, refere, salientando que esta é, também, a altura em que a gastronomia local pode ser apreciada  no seu melhor pois a tradição é “de pratos fortes mais adaptados ao frio e refeições sem pressa”.
ecot8O “falso” Ecoturismo
Embora não exista uma definição “oficial” na lei portuguesa do que seja o ecoturismo, o conceito pode ser deturpado por uma “falsidade da oferta” e no seu  desequilíbrio relativamente a quem leva a questão a sério. “Atualmente qualquer casa que se encontre em ambiente rural pode afirmar-se como ‘eco qualquer  coisa’, quando na verdade constitui o verdadeiro “Antieco” perigoso para o ambiente local”, alerta o empresário, salientando que raramente existem “cuidados  energéticos e ecológicos” e que muitas vezes são construídos aumentos, anexos, piscinas e acessos “sem qualquer cuidado com o meio envolvente”. “Quantas  vezes já não vimos, em locais belíssimos, alojamentos com jardins cheios de vegetação tropical em detrimento da vegetação autótone?”, questiona,  acrescentando que se tem vindo a assistir a um crescimento de ‘eco parques de campismo’ quando, na realidade, um alojamento desse tipo provoca “uma  massificação do uso dessa região que dificilmente se pode considerar benéfica e dificilmente sustentável”. “Quantos desses locais efetuaram um estudo do  impacto que a ‘carga turística’ vai ter e se dimensionaram considerando esse fator?”, lamenta. 
Texto: Marta Almeida Carvalho
Fotos: JB

 

 

 
Ecoturismo

No limiar do paraíso

Muito se ouve falar em ecoturismo mas o conceito ainda não se encontra devidamente divulgado em Portugal. Quem opta por este tipo de turismo parte ao

encontro da Natureza em todo o seu esplendor, percorrendo trilhos de beleza ímpar, banhando-se em águas transparentes, usufruindo de lugares verdadeiramente

paradisíacos, doces silêncios e tranquilidade absoluta, no máximo conforto.    

O ecoturismo caracteriza-se como um segmento de atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o património natural e cultural, incentivando a sua

conservação e a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente e promovendo o bem estar das populações envolvidas. De acordo

com dados da Organização Mundial de Turismo (OMT), este é o segmento turístico que, proporcionalmente, mais tem vindo a crescer, numa média de 20 a 25 por

cento ao ano, enquanto que no turismo convencional o crescimento registado é na ordem dos 10 por cento.
Para uma melhor perceção e divulgação do conceito, a Viva falou com Rui Leal, um portuense que se apaixonou pela beleza do Alto Minho, mais concretamente por

Gração, um lugar situado nas montanhas do Parque da Peneda – Gerês, uma zona âncora do ecoturismo da Região Norte. Ali construiu a sua habitação, onde passa

muito do seu tempo, e gostou tanto que não resistiu a edificar um aglomerado de duas casas para turismo rural de qualidade. “O termo Ecoturismo explica o

relacionamento entre turistas, meio ambiente e as culturas existentes nessa mesma interação”, explica, salientando as características fundamentais que devem

ser seguidas pelo ecoturismo: “impacto ambiental mínimo e insignificante nas culturas anfitriãs, máximo benefício económico para as comunidades anfitriãs e

satisfação máxima para os turistas”. São estes, em sua opinião, os ingredientes que compõem o protótipo do verdadeiro ecoturismo.

“Quem alguns dias não viveu e passeou nesta ridente e amorável região privilegiada das éclogas e das pastorais, não conhece de Portugal a porção de céu e de

solo mais vibrantemente viva e alegre, mais luminosa e mais cantante”
Ramalho Ortigão

Turismo sustentável

A paisagem é perfeita, o aroma desperta os sentidos, a frescura das manhãs claras refresca o corpo, a tranquilidade noturna transporta-nos para outra

dimensão. Quem acorda numa das bonitas Casas de Além, na aldeia de Gração, no concelho de Arcos de Valdevez, pode pensar que está no paraíso. Situadas nas

montanhas do Parque Natural da Peneda-Gerês, no Vale do rio Lima, este alojamento é constituído por duas casas, autónomas entre si, que partilham

exclusivamente o local de estacionamento, jardim e piscina. O segundo aglomerado, que também pertence ao empresário, dá pelo nome de Sobrenatura sendo

constituído por três habitações com as mesmas condições, embora mais recentes. Este alojamento aproveitou as ruínas de uma antiga quinta do século XIX uma

vez que, devido a condicionantes legais, no local não são permitidas construções novas, de raiz. Tratam-se de estruturas construídas integralmente em madeira

(Açoriana), com o objetivo de se parecerem, a nível estético, com os sequeiros tradicionais ainda existentes na aldeia. “A nossa política é a de proporcionar

o máximo conforto em qualquer época do ano com o mínimo impacto ambiental possível”. Dentro do espírito de sustentabilidade procuram utilizar matéria

naturais, como o puro algodão nas roupas de camas e atoalhados, bem como a maximização da utilização de matérias primas locais nos trabalhos de recuperação

das casas. Os dois aglomerados têm uma capacidade aconselhada para 28 pessoas. Todas as casas estão equipadas com as mais avançadas tecnologias, tendo,

inclusive, produção própria de energia, o que torna os alojamentos energeticamente autónomos. Este foi um investimento que rondou os 20 mil euros, ao que

viria a acrescer mais cinco mil para a construção de uma Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) própria, devido à falta de saneamento em toda a zona

rural. Para Rui Leal estas quantias não se traduzem em custos mas antes num “investimento na sustentabilidade” para proporcionar, não só, o máximo conforto

aos utilizadores mas também a preservação do meio envolvente. Em termos orçamentais, o investimento num «alojamento ecológico, sustentável e socialmente

responsável» foi avultado. “Estimo que o acréscimo de investimento derivado da aquisição e utilização de equipamentos e tecnologias ecológicas e de baixo

consumo, recorrendo, sempre que possível, a energias renováveis, tenha sido de cerca de 70 mil euros, num volume de investimento global que rondou os 300

mil”, salienta.  

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Boas práticas ambientais

A Sobrenatura, sociedade que foi criada em 2007 com a intenção de gerir o investimento turístico Casas de Além, que já funcionava, acabou por dar o nome ao

segundo aglomerado de casas de turismo rural e irá englobar, ainda, outros projetos como uma outra casa, totalmente autónoma, que o empresário quer

reabilitar, e a requalificação da antiga escola primária do lugar. “Estamos em negociações com as entidades locais a quem apresentamos uma proposta de

refuncionalização da antiga escola primária da aldeia, que se encontra em avançado estado de degradação. Queremos transformá-la num espaço multifuncional

onde iremos centralizar os nossos serviços de receção e criar lojas de produtos artesanais/regionais, de “merchandising” e de produtos agrícolas abertas a

todos os moradores da aldeia que queiram escoar os seus excedentes”, refere. Este poderá ser um projeto mais demorado mas a futura “Casa do Coto“ deverá

estar já disponível no verão de 2013, com a sua piscina privativa, para quem queira usufruir de momentos de absoluta tranquilidade. O empresário considera

como uma espécie de missão o objetivo de proporcionar, a todos os interessados, a possibilidade de “conhecer esta fantástica região em condições de grande

conforto e com todo respeito pelo meio ambiente que as tecnologias disponíveis permitem”. Mas a sustentabilidade do ecoturismo não necessita só da boa

vontade de quem oferece os serviços mas também de quem deles usufrui. “Estamos a desenvolver “ferramentas” simples no sentido de sensibilizar os nossos

clientes para as questões já referidas e passar a mensagem que o nosso trabalho vale muito pouco sem a colaboração dos hóspedes, se estes não adotarem boas

práticas ambientais”, alerta, salientando que o “público alvo é constituído por todas as pessoas que querendo desfrutar da região, entendam o esforço e

partilhem os conceitos e preocupações relativamente ao futuro e à forma de preservar a Natureza”. Este tipo de turismo ainda é mais apreciado por pessoas

provenientes de países do norte da Europa e, este ano, já passaram pela Sobrenatura figuras ligadas à gestão de parques naturais, direção de departamentos de

responsabilidade social de grandes empresas europeias, produtores de filmes e fotógrafos especializados em natureza.

Contacto com a Natureza

Questionado sobre a importância do ecoturismo no crescimento do setor, em especial no Norte do país, o empresário alertou para a necessidade de preservação

da Natureza. “Este é um recurso natural que deve ser preservado a todo o custo. Há que ter consciência que não se fabrica de novo e a sua reconstrução é

extremamente difícil e onerosa, por isso há que fazer uma utilização racional, sendo que o ecoturismo e atividades associadas são das únicas soluções para a

sua exploração comercial racional e sustentável”.
Apesar de envolvidos pela absoluta tranquilidade, muito há a descobrir nesta zona de excelência para o turismo rural. Rodeados de pequenas aldeias

tipicamente minhotas, que podem ser exploradas por uma infinita riqueza de pormenores, de paisagens soberbas e de verdadeiro ar puro, todos os momentos são

bons para escolher um dos vários caminhos que nos levam diretamente ao rio Lima, onde se pode usufruir de refrescantes banhos nas sua águas límpidas, ou nas

fantásticas quedas de água que desaguam em lagoas naturais, e que se podem encontrar ao longo de diversos percursos.
Apesar do verão ser a época propícia à prática de atividades ao ar livre, sendo a mais procurada pelos turistas, estes locais afiguram-se como uma excelente

opção para estadias de inverno. “Esta deixa de ser a época de piscinas e rios e passa a ser a época de montanha, em todo seu esplendor, excelente para

trilhos pedestres, observação da fauna e flora, pesca e BTT”, refere, salientando que esta é, também, a altura em que a gastronomia local pode ser apreciada

no seu melhor pois a tradição é “de pratos fortes mais adaptados ao frio e refeições sem pressa”.

O “falso” Ecoturismo

Embora não exista uma definição “oficial” na lei portuguesa do que seja o ecoturismo, o conceito pode ser deturpado por uma “falsidade da oferta” e no seu

desequilíbrio relativamente a quem leva a questão a sério. “Atualmente qualquer casa que se encontre em ambiente rural pode afirmar-se como ‘eco qualquer

coisa’, quando na verdade constitui o verdadeiro “Antieco” perigoso para o ambiente local”, alerta o empresário, salientando que raramente existem “cuidados

energéticos e ecológicos” e que muitas vezes são construídos aumentos, anexos, piscinas e acessos “sem qualquer cuidado com o meio envolvente”. “Quantas

vezes já não vimos, em locais belíssimos, alojamentos com jardins cheios de vegetação tropical em detrimento da vegetação autótone?”, questiona,

acrescentando que se tem vindo a assistir a um crescimento de ‘eco parques de campismo’ quando, na realidade, um alojamento desse tipo provoca “uma

massificação do uso dessa região que dificilmente se pode considerar benéfica e dificilmente sustentável”. “Quantos desses locais efetuaram um estudo do

impacto que a ‘carga turística’ vai ter e se dimensionaram considerando esse fator?”, lamenta.  

Texto: Marta Almeida Carvalho
Fotos: JB

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