“É um erro ser candidato muito cedo, com muito tempo pela frente, porque o candidato tem de dizer muitas coisas e, a dada altura, já tem 20 prioridades porque, semana sim semana não, teve de dizer alguma coisa”, afirmou o autarca.
Assim sendo, Rio aconselhou os futuros candidatos do CDS/PP de Setúbal a serem rigorosos na definição de prioridades e na gestão dos dinheiros públicos e a não apresentarem candidaturas demasiado cedo. O autarca recordou até que, quando foi eleito pela primeira vez para a Câmara do Porto, em 2001, estabeleceu apenas três setores prioritários: a coesão social, a reabilitação urbana e a mobilidade.
Durante o encontro promovido pelo CDS/PP de Setúbal sobre o tema “Autarquias Locais – Modelos de Gestão (Desafios, Políticas & Soluções)”, Rui Rio salientou ainda que a sobreorçamentação foi a principal causa da difícil situação financeira em que se encontram alguns municípios. “O problema principal é naquilo que se chama receitas extraordinárias. Olho para o património da câmara, tenho aqui dez terrenos, digo que vou vender os dez terrenos, cada um vale um milhão. Eu digo que vale cinco milhões. E aí tenho uma autorização de 50 milhões para fazer despesa. No fim, o dinheiro não aparece e o défice está lá”, ilustrou o social-democrata.
