Entre os dias 19 e 22 de julho, a Câmara Municipal de Gaia, participou no congresso «Douro & Porto – Memória com Futuro» que se baseou no mote “Sustentados na Memória, mas com os olhos no Futuro, queremos traçar novos rumos”.
Este evento, promovido pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, pela I. P. e a Comissão Organizadora do Congresso, convidou todos os que se identificam com os desafios da Região Demarcada do Douro, a sua memória, os seus vinhos e o seu futuro, a remeterem propostas de comunicações científicas ou de divulgação nas várias áreas de conhecimento, a enquadrar em eixos principais como “Território, Gentes, Vinha, Vinho e Mercados”.
O programa incluiu conferências temáticas, comunicações científicas e visitas técnicas na região. Rita Amaral, através do município de Gaia, apresentou “A malha urbana no Centro Histórico de Gaia e os grandes conjuntos edificados das caves”, que reflete sobre “a necessidade de encontrar uma nova vocação para o centro histórico de Gaia, e sobre o papel que as caves podem desempenhar no futuro da indústria do vinho do Porto e no processo de regeneração do território”.
Já Eurico Moreno apresentou “Centro Histórico de Gaia: potencialidades turísticas sempre presentes”, onde apresentou a sua visão, e a da autarquia, sobre a dinamização do Centro Histórico de Gaia e “pretende sublinhar a vertente turística, elencando as condições que permitem torna-lo num destino turístico onde o Vinho do Porto se assume como produto âncora pela sua génese e papel diferenciador que ocupa na estrutura da oferta de produtos e serviços turísticos existentes na cidade de Gaia”.
“Visconde de Beire, produtor de vinhos do Douro no século XIX – Novos dados” foi uma outra comunicação presente, com a palavra de Susana Guimarães que apresentou o “resultado de uma investigação detalhada baseada em dois copiadores de cartas pertencentes ao Arquivo Condes de Resende, localizado no Solar Condes de Resende e propriedade da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, que permitiu recolher informações inéditas sobre pormenores quotidianos da administração das propriedades e questões ligadas a todas as fases do ciclo do vinho, relativas aos anos entre 1841 e 1844, considerando o testemunho documental direto de Manoel Pamplona Carneiro Rangel, Visconde de Beire”.
Também o projeto Walk in Gaia teve um foco especial, por Alexandra Cabral, que começou por explicar que se trata de um “Projeto de orientação visual que promove a singularidade do Centro Histórico de Vila Nova de Gaia e da sua população, evidenciando o património imaterial intrínseco, o valor identitário dos lugares, destacando a materialidade desaparecida ou escondida num território repleto de narrativas e lendas longínquas no tempo, complementando o imaginário mundialmente conhecido do Vinho do Porto”.