Apesar do aumento diário de novos casos de infeção por covid-19, a Direção-Geral de Saúde (DGS) descarta, para já, o regresso à obrigatoriedade da utilização de máscara em espaços interiores. No entanto, recomenda que cada cidadão a utilize, voluntariamente, sempre que se encontre em “ambientes fechados e aglomerados”.
As declarações foram proferidas por Graça Freitas, diretora-geral da saúde, numa entrevista à TVI, onde corroborou a informação já avançada pela ministra da saúde, Marta Temido, que indicava que Portugal poderia duplicar nas próximas duas semanas o número diário de infeções e, assim, atingir, os 60 mil casos diários.
Segundo indicou, o aparecimento da sexta vaga de covid-19 no país prende-se com duas características da subvariante da Ómicron: “transmite-se muito facilmente” e “tem a capacidade de escapar ao nosso sistema imunitário”, o que pode aumentar a probabilidade de reinfeção.
Além disso, adiantou ainda que apesar da duplicação do número diário de casos não é esperado um aumento da mortalidade, uma vez que esta “depende de outros fatores”, como os grupos etários com maior crescimento”.
“Nesta fase uma recomendação é suficiente. No fundo, a grande diferença entre obrigação e recomendação é o facto de a primeira ter um carácter mais vinculativo; na outra, põe [a população] a participar na solução”, afirmou, a propósito da utilização da máscara em espaços interiores.
A propósito da administração de uma nova dose de reforço à população portuguesa, Graça Freitas assegurou que a solução não está “para já em cima da mesa”. “Agora estamos numa estratégia que não é para prevenir ou controlar a infecção: é para protecção de vulneráveis, uma estratégia que também utilizamos contra a gripe”, rematou.