Já foi publicado em Diário da República o anúncio relativo à abertura do procedimento de classificação das Quatro Casas, do arquiteto Álvaro Siza, em Matosinhos, como Monumento de Interesse Municipal.
Os elementos relevantes do processo – fundamentação, despacho, planta das Quatro Casas de Álvaro Siza – estão disponíveis na página da DGPC e nas da Direção Regional de Cultura do Norte e Câmara Municipal de Matosinhos.
As “Quatro Casas” foram construídas entre 1954 e 1956, com base num projeto do arquiteto Siza Vieira quando este ainda era estudante na Escola Superior de Belas Artes, no Porto, ficando referenciada como a sua primeira obra, lê-se na página oficial da autarquia.
Atualmente, a edificação – que envolve duas habitações unifamiliares e duas geminadas – é privada e é visitável apenas pelo exterior.
“A relevância das 4 Casas de Álvaro Siza encontra fundamento no seu valor arquitetónico, enquanto exemplar único no quadro da arquitetura portuguesa do século XX e especificamente na obra do Arquiteto Álvaro Siza Vieira, tornando incontornável o seu interesse técnico-científico”, assinala a autarquia.
Assim, “não temos dúvidas que estamos perante um bem com interesse cultural que demonstra valores de originalidade, autenticidade e raridade capazes de suportar uma classificação de âmbito nacional”, acrescenta.
Para o diretor de Serviços de Bens Culturais, “tendo presente a importância da obra para a história da arquitetura e o elevado grau de integridade que conservam, não temos qualquer reserva em acompanhar a proposta de abertura de procedimento de classificação”.
De recordar que, em Matosinhos, são várias as obras do arquiteto premiado com um Pritzker: Piscina da Quinta da Conceição (1958-1965), Piscina das Marés (1961-1966), Casa de Chá da Boa Nova (1958-1965) e Marginal de Leça da Palmeira (2006).
