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Destino incerto da descoberta arqueológica na Linha Rosa: Jardim de Sophia fora dos planos

Destino incerto da descoberta arqueológica na Linha Rosa: Jardim de Sophia fora dos planos

Um achado arqueológico surpreendente foi desenterrado durante as escavações para a construção da nova Linha Rosa do metro do Porto, na Praça da Liberdade. A descoberta da Fonte da Natividade, uma estrutura do século XVII, revelou uma dimensão superior à esperada, ocupando cerca de 600 metros quadrados. Embora o espaldar nascente da fonte, com três metros de altura e 4,5 metros de comprimento, tenha sido parcialmente recuperado, o futuro deste tesouro histórico permanece incerto. A Câmara do Porto estuda possíveis soluções, descartando já a instalação da fonte no Jardim de Sophia, como inicialmente proposto.

Este achado descrito, pela arqueóloga Iva Botelho ao JN, como mais do que uma simples fonte, representa um edifício significativo. Contudo, recriar a fonte no Jardim de Sophia seria impraticável devido à capacidade da laje de cobertura da estação da Galiza, que não suporta o peso da estrutura. Além disso, a reconstrução à superfície não seria fiel ao contexto original da fonte, que foi construída semienterrada e acessível por escadas, o que lhe conferia um carácter único. (via JN) Na época, a fonte servia várias funções, incluindo um espaço de devoção, graças ao oratório dedicado à Nossa Senhora da Natividade no seu topo, além de proporcionar uma zona de descanso refrescante para os habitantes.

O achado inclui também fragmentos da Muralha Fernandina, datada do século XIV, algumas pedras reutilizadas de construções romanas. Este segmento da muralha, com 50 metros de extensão, aguarda agora um destino, tal como outros achados feitos durante a expansão da linha de metro. Entre estes, destaca-se a descoberta de vestígios da ponte medieval de São Domingos, do século XIII, desmontada e armazenada no antigo estádio do Salgueiros.

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Durante a expansão do metro do Porto, a suspensão temporária das obras tem sido necessária sempre que são identificados novos achados, permitindo a investigação e preservação do património. A numeração e catalogação cuidadosa das peças são parte do processo que visa garantir que o passado da cidade seja documentado e preservado.

A Linha Rosa, com três quilómetros de extensão, ligará a Casa da Música a São Bento, com novas estações na Galiza e no Hospital de Santo António. O projeto de arquitetura está a cargo dos premiados arquitetos Eduardo Souto de Moura e Álvaro Siza, que desenham as novas estações do Porto.

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