
Com o regresso às aulas, muitas famílias vão voltar a ter uma elevada despesa com os manuais escolares, que poderá ultrapassar os 250 euros, sobretudo se os filhos frequentarem o 3.º ciclo ou o ensino secundário.
Em declarações à Lusa, Isabel Gregório, presidente da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE), assegurou que “os preços são praticamente incomportáveis para a maioria das famílias”, sendo que o único nível de ensino “com menos problemas é o 1.º ciclo, onde o valor é mais baixo”. No primeiro ano escolar, os três livros das disciplinas principais – Estudo de Meio, Matemática e Português – custam cerca de 25 euros, sendo que, no 4.º ano, a despesa sobe para os 33 euros. Segundo informou Jorge Ascensão, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), apesar de, este ano, o custo dos manuais ser “sensivelmente o mesmo que no ano passado”, os valores são “muito elevados”. À luz de um levantamento feito pela Lusa, na altura em que os estudantes chegam ao 2.º ciclo, a fatura dispara para os 150 euros. Ainda assim, é no 3.º ciclo que se regista o maior aumento: no 7.º ano, uma família pode gastar cerca de 260 euros em manuais, valor que desce para 250 euros no 8.º ano e para 230 euros no 9.º ano. Depois, no ensino secundário, o número de disciplinas diminui mas o preço dos livros aumenta: à exceção do de Educação Moral e Religiosa (mais barato), todos custam cerca de 25 euros.
Desta forma, uma família com um filho no 10.º ano precisa de cerca de 220 euros para responder a estas despesas. No ano seguinte, os livros custam 270 euros e, no 12.º, a fatura desce para os 200 euros.