O grupo Fortera acaba de anunciar a descoberta de “um sítio arqueológico de grande importância histórica” nas obras do projeto Riverside, que vai ser construído em Vila Nova de Gaia.
“Fomos surpreendidos pela relevância dos artigos encontrados: uma necrópole paleocristã e alti-medieval associada a um amplo conjunto edificado de carácter religioso-administrativo com elementos arquitetónicos monumentais”, revelou a promotora imobiliária, em comunicado enviado às redações.
Segundo avança Elad Dror, CEO do grupo Fortera, o objetivo é, agora, salvaguardar os vestígios arqueológicos encontrados, uma vez que “integram o património cultural, constituindo um meio para o conhecimento da história de Vila Nova de Gaia, e de Portugal”. “É assim evidente a necessidade do reconhecimento por parte da sociedade contemporânea do valor do património arqueológico e a necessidade do seu estudo, preservação e fruição”, apontou.
Em 2007, houve já uma intervenção no local, sendo que, após a conclusão dos trabalhos, os arqueólogos propuseram como medida de salvaguarda a escavação integral do espaço. No entanto, os trabalhos foram interrompidos em 2008.
Assim, aquando da aquisição do terreno, em 2020, o grupo contratou uma empresa especializada para mapear e relatar essas descobertas.
Agora, em colaboração com a Câmara de Vila Nova de Gaia, a empresa quer desenvolver um espaço para visitação pública que valorize a história local. “Vamos analisar diferentes soluções que permitam a criação de um arqueossítio e centro interpelativo da Basílica Paleocristã de Gaia na zona de terreno onde se inserem os achados”, garantiu o responsável.
