“O ponto de situação é que [a escola] está a funcionar, porque depois da exoneração do diretor entrou uma CAP que está a tomar os destinos da escola e as coisas estão naturalmente a decorrer. Claro que temos um sentimento da escola de alguma surpresa, talvez porque a situação não tenha sido clara desde o início”, afirmou Artur Vieira.
A anterior equipa diretiva da Escola de Artes foi notificada, na semana passada, de um despacho de exoneração de funções datado de agosto pelo então secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida, que produziria efeitos a partir do começo do ano letivo corrente.
Ao semanário Expresso, o anterior subdiretor da escola, António Fundo, referiu que a equipa dirigente ficou “perplexa com o anúncio de demissão, pois até à data não [haviam sido] notificados de qualquer processo disciplinar, nota de culpa ou sequer inquiridos para apuramento dos factos imputados no despacho”.
Artur Vieira, que tomou posse na passada quarta-feira, referiu que “a comunidade em si está um pouco inquieta, mas ao longo deste processo irá naturalmente sossegando”, e considera que é fundamental tratar da “reorganização administrativa e financeira que estará na origem de tudo isto”, para ser escolhido um novo diretor.
Segundo o despacho, citado pelo Expresso, a equipa dirigente exonerada é acusada de causar “prejuízo importante aos interesses patrimoniais que lhe foram confiados, com grave violação dos deveres que lhe estão consignados na lei”.