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Deco: maioria dos portugueses evita espaços públicos

Deco: maioria dos portugueses evita espaços públicos

Apesar da reabertura dos serviços e do regresso ao trabalho para uma parte da população, os portugueses continuam a manifestar receio de voltar às rotinas anteriores ao início da crise provocada pelo novo coronavírus, conclui o inquérito realizado pela Deco.

Segundo o inquérito da associação de defesa do consumidor, realizado entre 16 e 20 de julho, por medo de contágio de Covid-19, mais de três quartos dos 1006 inquiridos ‘online’, entre os 18 e 74 anos, declararam que evitaram ou deixaram mesmo de frequentar os espaços públicos, como restaurantes, transportes públicos ou centros comerciais.

Sete em cada dez inquiridos referiram o adiamento de, pelo menos, um serviço de saúde agendado e 22% disseram que foram cancelados desde o início da pandemia.

“É urgente que as unidades de saúde reagendem essas consultas, exames de diagnóstico e cirurgias adiadas ou canceladas ao longo dos últimos meses, sob pena de vermos aumentar a taxa de mortalidade e de morbilidades por falta de acompanhamento de todos os doentes ‘não-covid’”, aponta a Deco.

“Os supermercados foram os estabelecimentos comerciais que menos sofreram uma quebra na procura, o que mostra que os portugueses afluíram sobretudo aos serviços de primeira necessidade. Para as deslocações, procuraram usar mais veículos privados, como o carro ou a mota”, indica a associação.

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O medo de infeção levou os inquiridos a evitar determinados serviços, nomeadamente os transportes públicos: três quartos das respostas ao estudo classificaram-nos como pouco seguros quanto ao risco de contágio. Este mesmo sentimento foi manifestado por mais de metade dos inquiridos relativamente aos centros desportivos, às lojas, aos restaurantes e aos eventos culturais.

Relativamente às férias, 68% dos inquiridos referem que a crise da pandemia de covid-19 afetou as suas férias de verão. “Também as férias dos portugueses foram em grande parte afetadas pela pandemia. Mais de metade indica que vai gastar menos do que previsto. Cerca de uma em cada cinco famílias afirma que vai ficar em casa e uma mesma percentagem afirma que não vai gastar dinheiro com o programa de férias. Mais de metade opta por fazer férias cá dentro (54%) e apenas 20% no estrangeiro”, revela o estudo.

Também relacionada com o turismo, mais de três quartos dos inquiridos consideram que as viagens de avião, de autocarro ou de comboio representam um risco elevado de contágio e mais de metade não têm confiança nas medidas de segurança nos hotéis e alojamentos de férias.

De referir ainda que, dos cerca de 1000 inquiridos que participaram no estudo, 7% revelam ter tido um familiar contaminado com covid-19, tendo 1,2% falecido por causa da doença; no seu círculo social, 21% conhecem alguém que adoeceu e 1,4% alguém que morreu com covid-19.

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