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Cultura em Expansão revela programação espalhada pelo Porto

Cultura em Expansão revela programação espalhada pelo Porto

O programa municipal Cultura em Expansão regressa já em março, às zonas da Bouça, Campanhã, Pasteleira e Miragaia, no Porto. Terá 51 espetáculos, oito oficinas e dois projetos de comunidade, que serão apresentados até dezembro.

O Cultura em Expansão é um programa anual de promoção cultural e artística, criado em 2014 pela Câmara Municipal do Porto, tendo como objetivo permitir a fruição e o acesso direto e gratuito a uma programação multidisciplinar, onde é possível usufruir de teatro, cinema, dança, literatura, performance e música. Conta com a Associação de Moradores da Bouça, a Associação de Moradores do Bairro Social da Pasteleira — Previdência/Torres, a Associação Nun”Álvares de Campanhã e o Auditório do Grupo Musical de Miragaia, que acolhem a maioria dos eventos.

O programa para 2022 arranca em março e traz 59 récitas de 51 espetáculos diferentes, promovendo ainda oito oficinas desenvolvidas com as comunidades e dois projetos de continuidade.

A Sonoscopia, na Bouça, o Teatro do Frio, na Pasteleira, o Visões Úteis, em Campanhã, e a Confederação, em Miragaia, são os parceiros conhecidos deste projeto, e com eles esta nona edição “pretende dar continuidade à abordagem estabelecida na edição anterior, marcada pelos diferentes projetos de cocriação artística que envolveram inúmeros participantes”, segundo o município do Porto.

Destes participantes, destaca-se o Visões Úteis, que criou o projeto TAG, que junta numa plataforma “online” obras breves de música, escrita e imagem criadas pelas comunidades dos quatro territórios do Cultura em Expansão.

O programa para Campanhã inclui o concerto-documental de Telma Pereira, Carlos Garcia e Ariel Pinheiro “NinaNinar”, “com canções de embalar de diferentes nacionalidades recolhidas em Lisboa”, a que se junta agora um novo tema local, “O meu amor virá de comboio”, um espetáculo teatral em torno do universo dos caminhos de ferro, de Sónia Barbosa/Ritual de Domingo, e “TRIC — Tardes Regaladas nas Ilhas de Campanhã”, uma coprodução com a Trigamisto que quer “unir habitantes e visitantes de diferentes ilhas da freguesia em torno da narração oral”.

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Para a Pasteleira, o projeto “Oficina (In)Comum” continuará, promovido pelo coletivo Ponto Parágrafo, que começou em 2021 e irá construir “estruturas físicas para apoio à promoção e realização dos espetáculos”. No mesmo local será desenvolvido também o “Baile dos Discos Amadeu”, um projeto de Ruca Bourbon em torno da coleção de discos de um morador do bairro, numa reinterpretação “na fronteira entre o baile típico, a videoarte, o tasco e a performance”.

No bairro Pinheiro, a companhia madrilena La Gata Japonesa assumirá os palcos com “Los Viajes de Bowa” em parceria com o Trengo — Festival de Circo do Porto, promovido pela Erva Daninha.

Já na Bouça, a música é rainha com Ece Canli, Lea Tarragona e Marta Vuduvum, Joana Sá e Henrique Fernandes, Jérôme Noetinger e @c e ainda Will Guthrie, Mário Costa e Jorge Queijo, parcerias incentivadas pelo Grupo Operário do Ruído, um projeto que nasceu no âmbito do Cultura em Expansão de 2020.

Miragaia recebe a mini-conferência “Para que serve a cultura?”, de José Maria Vieira Mendes e do Teatro Praga, “dirigida a crianças e jovens com o intuito de introduzir o pensamento, filosofia e ideia de questionamento, de uma forma lúdica e descomplexada”. Está também programado um espétaculo de Rita Neves e Patrícia Couveiro, denominado “Corpo Suspenso”, que explora memórias da Guerra Colonial, e há ainda um cine-concerto em torno da obra de Karl Valentin “e os seus intérpretes cómicos”, interpretado por João Lima, Inês Meira e Manuel Brásio.

Este ano, a marcar posição existe a “Programação Satélite”, que levará cultura e espetáculos por vários pontos da cidade além dos já descritos., que apresentará uma adaptação da peça “Vizinhança Ferida”, da companhia argentina Matemurga, com participação local, em coprodução com o MEXE — Encontro Internacional de Arte e Comunidade.

Lena d”Água irá marcar presença para a habitual celebração do 25 de Abril na Associação de Moradores da Bouça.

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