O projeto municipal “Cultura em Expansão” arranca já no dia 24 de março, às 21h30, com um concerto de António Pinho Vargas na Junta de Freguesia de Campanhã. Ao longo de 2018, serão apresentados 68 espetáculos de teatro, música ou cinema, num programa que vai chegar pela primeira vez a todas as freguesias da cidade. Sempre de entrada livre.
A quinta edição do programa da Câmara Municipal do Porto vai levar aos bairros da cidade, à Foz, à feira da Vandoma e até a um centro comercial da Boavista, 21 projetos e 68 apresentações, resultado de um investimento “de 245 mil euros”, dos quais 30 mil suportados pela Fundação Manuel António da Mota, explicou Rui Moreira, durante a apresentação do “Cultura em Expansão”, no Bairro da Pasteleira.
“Esta edição tem um programa mais ambicioso e completo”, disse o presidente, notando que, “pela primeira vez”, chega “a todas as freguesias da cidade, sem exceção”.
Para Rui Moreira, a “maturidade” desta edição concretiza-se, sobretudo, “na carta branca” dada aos agentes culturais para fazer “com que a cidade se confronte consigo mesmo”.
Exemplo disso é o encerramento do programa, a 16 de dezembro, com a estreia de um filme de Leonor Teles (vencedora, em 2016, do Urso de Ouro para melhor curta no festival de cinema de Berlim), a quem foi dada liberdade total para dar “continuidade ao trabalho dos últimos dois anos” e que “resultou em dois filmes realizados no Porto por Salomé Lamas e por João Salaviza com Ricardo Alves Jr.” e passar “parte do ano em residência artística no Porto”, explicou Guilherme Blanc, adjunto para a Cultura do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.
A realizadora vai desenvolver um projeto cinematográfico “a partir dos lugares, pessoas e narrativas da cidade”, realizando uma curta-metragem (a ser exibida no dia 16 de dezembro, 16h, Teatro Rivoli).
No mesmo dia, a sessão de encerramento conta com os concertos de Pedro Augusto e José Cordeiro com Orquestra Comunitária de Lordelo do Ouro e da banda catalã Za! com o Rancho Folclórico de Ramalde Associação 26 de Janeiro (17h, Teatro Rivoli).
As crianças não foram esquecidas, claro está, e o espaço itinerante “Cinema Insuflável” vai passar pelo Parque da Pasteleira (12 de maio), pelo Terreiro da Sé (26 de maio) e pelo Bairro do Aleixo (9 de junho), sempre entre as 10h00 e as 20h00.
O “Cultura em Expansão” contempla ainda uma Quinta de Leitura (sessão de leitura de poesia) realizada a um sábado no Centro Paroquial de Aldoar (13 de outubro, 21h30), depois de seis sessões e 15 horas de formação a “dizedores de poesia” daquela zona da cidade.
O Coliseu do Porto estreia-se no programa com um Circo Social, tendo já esgotado as inscrições para “ateliês de malabarismo, contorcionismo” e outras artes circenses a jovens do Bonfim, sob a direção artística de Elsa Caillat e João Paulo Santos, revelou Eduardo Paz Barroso, diretor da instituição.
Este ano, o Oupa!, com a direção criativa de Capicua, deixa os palcos e vai reunir os três Oupas já existentes (Cerco, Ramalde e Lordelo) num projeto de gravação em estúdio, com vista ao lançamento de um álbum e recorrendo já à Plataforma de Campanhã, que estará em funcionamento a partir de outubro deste ano.
No dia 25 de abril, B Fachada canta Zeca Afonso no Bairro da Bouça (17h), Rui Veloso atua a 24 de novembro (21h30) na Associação de Moradores da Pasteleira e o mesmo local recebe, a 16 de junho (21h30), a Orquestra de Jazz do Porto.
“Nau!”, do Teatro Experimental do Porto, vai estar na praia do Molhe, na Foz, em julho para, a partir de um contentor marítimo, criar uma experiência imersível para sentir o “lado B” do colonialismo, juntando-se a uma “tasca” com performances e conferências.
A “Objetoteca Popular Itinerante”, do Teatro de Ferro, o espetáculo “Eu gosto muito do Senhor Satie”, de Joana Gama, “Reclaim the Future”, das Visões Úteis, e “Galeria Portátil”, de Katalin Déer, Carlos Lobo e Dinis Santos, são outros dos espetáculos previstos.
O programa pode ser consultado em http://www.cm-porto.pt/cultura/…CultExpansao.pdf.