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“Cuidar mais. Vamos vencer a depressão” começa a ser implementado no Porto

“Cuidar mais. Vamos vencer a depressão” começa a ser implementado no Porto
A campanha pública do Stop Depression, intitulada “Cuidar mais. Vamos vencer a depressão”, vai ser implementada até outubro de 2016 no Agrupamento de Centros de Saúde do Porto Ocidental, onde 175 mil pessoas da cidade poderão ter acesso a novas formas de gestão e intervenção no combate à depressão.

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Tratamentos que passam pela psicoterapia assistida por computadores ou smartphones serão uma nova forma de ajudar as pessoas que enfrentam doenças depressivas. Assim, para melhorar a capacidade de resposta no diagnóstico de depressões e na gestão de situações de risco de suicídio será dada formação a cerca de 250 profissionais da saúde.  
Inspirado no modelo britânico, o projeto assenta em três pontos essenciais que passam pela deteção de novas situações de depressão ou de risco de suicídio, pelo tratamento das situações consoante a sua gravidade e, finalmente, pelos tratamentos com tecnologias de informação, tais como a Internet e smartphones.
Os rastreios, a avaliação e o encaminhamento para profissionais qualificados serão os passos que vão permitir que haja uma intervenção mais precoce. No momento da entrevista com os profissionais, vai ser possível enquadrar as situações de depressão consoante a sua gravidade e encaminhá-las para tratamentos adequados. Nos casos mais graves, o tratamento passa por fármacos e psicoterapia, mas, nos restantes, existirão outros tipos de soluções que envolvem as novas tecnologias.  
De acordo com João Salgado, psicólogo e responsável pelo Stop Depression, “nestes tratamentos com menores gastos de recursos e sem medicação, a pessoa é acompanhada por um profissional devidamente treinado, mas onde também se faz apelo aos recursos e capacidades do paciente para conseguir ultrapassar a depressão.” O psicólogo defende que, por exemplo, “no tratamento assistido por computador, o utente terá à sua disposição uma série de atividades que podem ajudar a pessoa a voltar ao seu estado de humor normal. “O mesmo se passa nos grupos de psicoeducação ou na terapia apoiada por livros de autoajuda. Além disso, estes recursos tecnológicos também irão ajudar a avaliar de modo mais sistemático a evolução da situação clínica”, acrescenta.
A cidade do Porto foi a escolhida para implementação do projeto por ter uma população urbana envelhecida, muito afetada pela crise e com níveis de desemprego elevado. De acordo com o responsável, antes da crise 8% da população nacional tinha depressão e dos que tinham depressões ligeiras, 81% não estavam a ser tratados, pelo que o panorama de saúde mental tem vindo a sofrer um agravamento.

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