Um árido parque de estacionamento à superfície é a mais antiga recordação que eu tenho da Praça de Lisboa. Depois houve uma tentativa de Belmiro de Azevedo de lhe dar vida, instalando lá um centro comercial. Não deixa de ser curioso que a Sonae, que da Grécia ao Brasil, passando por Alemanha e Itália, promove e gere shoppings florescentes, tenha falhado apenas no coração da cidade que a viu nascer e crescer.
Sei de um projecto, que está enguiçado, de recuperação desta praça que é uma ferida a largar pus mesmo ali ao lado das vibrantes Galerias de Paris. Ninguém me tira que se trata de uma maldição que só pode ter a ver com o nome. Da próxima vez que encontrar o Germano Silva vou sugerir-lhe que apresente na Comissão de Toponímia uma proposta de mudança de nome.
Jorge Fiel