Para responder “a um pico de atividade”, graças ao programa de recuperação do material circulante imobilizado, o Governo autorizou a CP a recrutar mais 79 trabalhadores para as oficinas de Guifões, em Matosinhos.
De acordo com uma nota do gabinete do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, citada pelo Notícias ao Minuto, “este reforço de recursos humanos, necessário à atividade da CP [Comboios de Portugal], dá cumprimento ao plano estratégico para a ferrovia que visa a recuperação do nível da prestação de transporte ferroviário de passageiros”.
Assim, “para garantir o nível de oferta a que se propõe, a empresa necessita de reforçar a mão de obra especializada e diversificar valências técnicas e de suporte à operação”.
De recordar que, em julho de 2019, o Conselho de Ministros reconheceu “a importância da ferrovia enquanto instrumento imprescindível de mobilidade”, tendo aprovado um plano estratégico para a ferrovia com duas fases: “Uma primeira, com vista à normalização da prestação do serviço de transporte ferroviário de passageiros”, e uma segunda “destinada ao desenvolvimento e sustentabilidade da empresa no médio e longo prazo”.
A nota do Ministério das Infraestruturas e da Habitação salienta que foi já posto em prática um conjunto de ações, como a “assinatura, pela primeira vez, do contrato de serviço público entre o Estado e a CP que veio estabelecer, de forma objetiva, clara e transparente, um conjunto de obrigações de serviço público” a que a empresa “está obrigada para o período de 2020 a 2030”.
Destaque ainda a “reabertura das oficinas de Guifões com vista à recuperação de material circulante imobilizado e ao acolhimento de um centro de competências da ferrovia”, e a “assinatura de dois novos acordos de empresa na CP, um para os maquinistas e outro para as categorias gerais”, melhorando “as condições dos trabalhadores e fortalecendo a paz social”.
O documento refere também “a criação de um regime especial de aposentação sem penalizações para os maquinistas de locomotivas e comboios do sistema ferroviário que atinjam os 65 anos e, assim, se vejam impedidos de desempenhar a sua profissão (uma vez que a carta de condução de comboios caduca nessa idade)”.
Foto: CM Matosinhos