De acordo com Luís Bravo, do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial e Itinerante, “a adesão, hoje, é superior à de quinta-feira. Até às 08h00 só se realizaram dois comboios de longo curso”, acrescentando tratar-se de “uma clara demonstração de insatisfação” por parte dos trabalhadores do setor comercial da empresa, onde se incluem os funcionários das bilheteiras e os revisores.
Segundo o sindicato, não há qualquer comboio urbano a circular, “por opção da empresa”.
Descongelamento das carreiras e atualizações salariais, bem como o cumprimento de uma decisão judicial relativa ao pagamento dos complementos nos subsídios desde 1996, são estas as reclamações dos trabalhadores.
Os revisores da CP cumprem hoje o segundo dia de greve e a empresa prevê que venham a ser suprimidos entre 80% e 90% dos comboios, sobretudo nas ligações regionais e urbanas.
A porta-voz da empresa, Ana Portela, disse à agência Lusa que “até às 8h00 de hoje circularam 18 comboios em 262 previstos. No Porto não circulam comboios e em Lisboa circularam nove em 112 previstos”.
A CP alertou os passageiros para “fortes perturbações na circulação de comboios”, agravadas pela recusa de fixação de serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral, nomeado pelo Conselho Económico e Social.
As perturbações deverão manter-se até terça-feira de manhã.