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Covid-19: Jovens no centro da nova onda do vírus

Covid-19: Jovens no centro da nova onda do vírus

O relaxamento nas medidas de distanciamento social e o escasso uso de máscaras  quando em convívio com um elevado número de pessoas têm causado um crescente número de casos de Covid 19 entre os mais jovens. Se inicialmente o novo coronavírus atingiu, maioritariamente, os mais velhos, os novos focos da doença parecem surgir essencialmente, agora, entre os mais jovens. O número de crianças e jovens infetados com covid-19 em Portugal tem vindo a aumentar desde o desconfinamento. O novo coronavírus já atirou muitos jovens para as camas dos cuidados intensivos dos hospitais e há cada vez mais descrições de sequelas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que os jovens poderão fazer aumentar os surtos da doença na Europa. A pandemia está a mudar e eles são a nova ameaça. Os infecciologistas alertam para o aumento de casos graves entre os mais novos, embora a maioria dos jovens com sintomas graves de Covid-19 sejam saudáveis. No entanto, tiveram de ser internados e até transferidos para os cuidados intensivos.

Além disso, os especialistas estão preocupados com o aumento do contágio de Covid-19 por causa dos ajuntamentos ilegais, como aconteceu nos últimos dias em Lagos, em Carcavelos, no Porto e em Braga, nomeadamente no Porto onde concentrações de cerca de 3500 jovens, em “botellons” na Ribeira , Virtudes e Cordoaria, obrigaram à intervenção das autoridades. Com os recentes elevados números de novos casos, a DGS considera que os comportamentos de risco podem comprometer os esforços dos últimos meses.

“Pessoas na faixa dos 20, 30 e 40 anos estão cada vez mais na raiz da ameaça”, afirmou, recentemente, fonte da Organização Mundial de Saúde. A doença está a ser disseminada por jovens que não sabem que estão infectados. São vários os países da Europa que estão a dar ao mundo um vislumbre daquilo que acontece quando a pandemia do novo coronavírus fica sob controlo e a economia reabre: o vírus volta a atacar.

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Espanha, França e Alemanha estão entre os países que lidam com um aumento de novos casos nas últimas semanas, algo que pode ser consequência da tentativa de retorno à normalidade, após meses de confinamento. No entanto, se inicialmente o novo coronavírus atingiu, maioritariamente, os mais velhos, espalhando-se em lares e hospitais, estes novos focos da doença parecem surgir essencialmente entre os mais novos, que se aventuram no regresso aos bares, restaurantes e outros locais. O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças referiu que “o ressurgimento de casos em diversos países é resultado de um relaxamento nas medidas de distanciamento social”. 

Os jovens não respeitam regras e estão a propagar a Covid-19. As pessoas têm de começar a comportar-se melhor. Todos os dias há dois ou três casos [suspeitos de covid-19] de pessoas que estiveram em festas de aniversário ou com os amigos num qualquer convívio à noite. Embora muitos estabelecimentos estejam obrigados a encerrar,  às 20:00,  as pessoas continuam a juntar-se em grande número, sem distanciamento social e a maioria sem máscaras, sem coisa nenhuma. Não tomam nenhum cuidado, pensam que isto já passou, principalmente os jovens da faixa etária entre os 16 e os 30 anos. Desconfinar, não é desarmar. Muitos jovens que contraem a doença são assintomáticos, mas acabam por contagiar os pais, os irmãos, os avós, toda a gente. É preciso manter o distanciamento social e os cuidados de higiene. Os jovens podem sair, desfrutar da natureza, mas não devem fazê-lo em grandes grupos. E se não tiverem nada para fazer, o melhor é ficarem em casa”.

José Alberto Magalhães
Jornalista

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