
“O nosso objetivo é demonstrar a importância que o padre Roberto de Sousa tem para as pessoas porque não se trata apenas de um mero administrador de sacramentos, mas de um amigo”, disse Miguel Rangel, responsável pelo movimento “Uma Comunidade Reage!”.
A destituição do padre Roberto de Sousa levou a que cerca de 2.500 pessoas formassem um cordão humano silencioso entre a Capela do Senhor do Calvário e a Igreja Paroquial de Canelas, em Vila Nova de Gaia, acendendo uma tocha de 50 em 50 metros. A “ação de protesto” terminou em oração frente à Igreja Paroquial de Canelas,
“O padre Roberto de Sousa tem o dom de simplificar o que a Igreja Católica, por vezes, gosta de complicar, a comunidade acha-o semelhante ao papa Francisco por ser um homem simples”, justificou Miguel Rangel. “Tem [padre Roberto de Sousa] uma palavra simples, esclarecedora e cativante”, frisou.
De acordo com o responsável, a vinda do pároco motivou a ida à Igreja de Canelas de pessoas de outras freguesias, mostrando o “quão cativante” é para a comunidade.
Para os participantes no cordão humano, a transferência de Roberto de Sousa está relacionado com “ciúmes” de padres vizinhos e com a colocação de uma estátua em honra de um falecido pároco. “O padre não é contra a estátua, mas terá questionado o custo da mesma, considerando que o dinheiro era melhor aplicado noutras coisas”, salientou.
O movimento “Uma Comunidade Reage!” vai ser recebido hoje pelo bispo do Porto, António Francisco dos Santos, a quem vai ser entregue um abaixo-assinado com mais de 5.700 assinaturas pedindo a continuação do padre Roberto de Sousa, responsável pela Paróquia de Canelas há oito anos.