
“A Confraria tem por objeto o estudo, a defesa, o prestígio, a valorização, a promoção, a consolidação da qualidade e divulgação do Pão, da Regueifa e dos Biscoitos de Valongo, enquanto valores gastronómicos e de interesse económico local”, explicou, em comunicado, esta estrutura.
A presidente da direção, a “padeira mor” Rosa Maria Rocha, explicou que estão já pensados projetos que visam os elementos e histórias ligadas ao pão, regueifa e biscoito, como a realização de um concurso ou a dinamização de visitas a escolas.
“Este é um valor imaterial de Valongo que não podemos perder. Faz parte do passado do concelho, mas também do presente e se for divulgado e dinamizado pode fazer parte do futuro”, referiu Rosa Maria Rocha.
Sobre o concurso, a responsável avançou que se tratará de recuperar a tradição da chamada “sopa seca”, um prato que até poderia ser associado às típicas rabanadas do Natal, mas na realidade apesar dos moletes secos, do açúcar e da canela serem elementos comuns, é diferente porque a cozedura é feita no forno.
A Confraria do Pão, da Regueifa e do Biscoito de Valongo também está a estudar como contribuir para a preservação dos moinhos existentes na região e vai estabelecer parcerias com as escolas e padarias do concelho para que padeiros mostrem ‘in loco’ às crianças como se faz pão, brindando-as, a seguir, com um “pequeno-almoço tipicamente antigo”.
Este sábado vão ser entronizados 107 “confrades” numa cerimónia marcada para as 10 horas na Igreja Matriz de Valongo, espaço escolhido pela ligação do pão à história bíblica, mas também porque este templo foi construído com dinheiro doado por padeiros.
A esta centena de “confrades” fundadores e efetivos vão somar-se sete honorários: o Município de Valongo, as quatro freguesias do concelho, bem como o professor José Pinto da Costa, em representação da Academia do Porto, e o pároco Luís Borges.
A presidente da Confraria do Pão, da Regueifa e do Biscoito avançou que “já foram entretanto convidados e aceitaram ser confrades” o maestro Rui Massena e Júlio Magalhães.
A promoção, organização, apoio ou patrocínio de encontros, convívios, visitas, provas, concursos ou festivais gastronómicos onde o pão, a regueifa e o biscoito tenham especial relevância, com vista à sua divulgação numa perspetiva pedagógico-cultural, é outro dos objetivos da confraria.