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Confinamento está a afetar comportamentos dos animais do Zoo de Santo Inácio

Confinamento está a afetar comportamentos dos animais do Zoo de Santo Inácio

Depois de um mês e meio de confinamento, muitas são as pessoas que começam a apresentar sinais de cansaço e angústia, fruto das saudades que sentem dos seus convívios com familiares e amigos, da vida antes da pandemia. E no que toca aos animais, o sentimento não é exceção.  

O alerta é do Zoo de Santo Inácio, em Vila Nova de Gaia, que revelou, em entrevista à Agência Lusa, que os seus animais “têm sentido a notória falta daqueles que os visitavam diariamente”. 

“Sem estímulos visuais, auditivos ou olfativos, os animais “estão mais calmos, dormem mais e passam mais tempo sossegados”, afirmou Carla Monteiro, médica veterinária do zoo, explicando que, enquanto os primatas não têm arranjado “chatices” com os companheiros e os mamíferos carnívoros, como os tigres, leões e hienas dormem entre “20 a 23 horas por dia”. 

Para combater esta monotonia e sensação de solidão, a equipa do Zoo de Santo Inácio tem reforçado a interação com os animais seja através do corredor técnico como do lado dos visitantes. Aos “primatas curiosos”, oferecem “caixas com bolinhas de papel dentro. Eles abrem as caixas, colocam-se dentro delas, pegam nas caixas e põem na cabeça é uma animação”, sublinhou. 

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Por sua vez, nos habitats dos leões, tigres, hienas, pantera e mabecos, são colocadas caixas com restos de feno de outros animais ou ossos de bovinos. O objetivo é “estimular os comportamentos por procura de presas”. 

A esperança da equipa é que o Zoo volte a poder abrir portas “logo após a Páscoa” e que este período, considerado “estranho” não se prolongue por muito mais tempo e que não tenha “um efeito secundário muito grande” na vida dos animais. 

No próximo mês de abril, o Zoo de Santo Inácio vai receber novos animais provenientes do zoo de Lagos e de zoos de França para “reproduzir e melhorar os grupos”. Nessa altura, deverá ter também concluídas as obras de melhoramento que está a realizar na entrada, loja e bilheteira. 

O objetivo da intervenção é “condensar tudo numa área mais ampla, para garantir também que as pessoas estão mais afastadas”, adiantou Teresa Guedes, diretora do Zoo. 

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