Depois da aprovação do novo Estado de Emergência, mais curto, pela impossibilidade de “realizar antes de meados de janeiro uma nova reunião com os especialistas, com dados significativos da sua evolução”, segundo justificou Marcelo Rebelo de Sousa, o Governo anunciou novas medidas restritivas.
No próximo fim de semana, 9 e 10 de janeiro, mantém-se em vigor o recolhimento obrigatório a partir das 13h00 em todos os concelhos que registem mais de 240 casos de covid-19 por 100 mil habitantes.
Além disso, o primeiro-ministro, António Costa, decretou ainda a proibição de circulação entre concelhos em todo o território nacional durante sábado e domingo.
Apenas 25 concelhos do país (Alcoutim, Aljezur, Almeida, Arronches, Barrancos, Carrazeda de Ansiães, Castanheira de Pêra, Castelo de Vide, Coruche, Ferreira do Alentejo, Freixo de Espada à Cinta, Lagoa, Manteigas, Monchique, Odemira, Pampilhosa da Serra, Proença-a-Nova, Resende, Santiago do Cacém, Sardoal, Sernancelhe, Sines, Torre de Moncorvo, Vila de Rei e Vila do Bispo), que se encontram sob risco moderado, ficarão de fora das restrições anunciadas esta quinta-feira, em conferência de imprensa, após a reunião de Conselho de Ministros.
Durante a comunicação, o chefe do Governo afirmou que, provavelmente, será necessário “adotar medidas mais restritivas a partir da próxima semana”, tendo em conta os “números excecionalmente elevados” registados esta quinta (9.927) e quarta-feira (10.027), 6 de janeiro, data em que se atingiu o número máximo de infeções diárias desde o início da pandemia.
“A confirmar-se a evolução do número de casos nos próximos dias muito provavelmente na próxima semana teremos que adotar medidas de restrição mais elevadas, como tem vindo a acontecer na generalidade dos países da Europa”, sublinhou.
A decisão só deverá ser anunciada, contudo, na próxima terça-feira, 12 de janeiro, dia em que está agendada uma nova reunião com os especialistas a propósito da evolução da pandemia no país.
Para esta sexta-feira está marcada uma reunião de emergência, a pedido de António Costa, para ouvir os partidos e parceiros sociais, com o intuito de preparar, caso venha a ser necessário, a adoção de novas medidas de combate à pandemia, que poderão entrar em vigor “mais cedo” do que o dia 15 de janeiro, data em que termina o atual Estado de Emergência.
