A cidade do Porto costuma andar de “mãos dadas” com a inovação e esta terça-feira, dia 10 de setembro, vai ser mais um exemplo disso. Na Invicta, será apresentado um barco diferente daquilo a que estamos habituados a ver.
Afinal de contas, este é elétrico e é destinado ao transporte de passageiros. O que o torna ainda mais atrativo é o facto de ser “até 80% mais eficiente do que os atuais ferrys a gasóleo”, segundo o INESC TEC (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência).
O barco será apresentado na Marina do Freixo, a partir das 15h. Sem grandes surpresas, este faz da eficiência uma das suas grandes pedras basilares. O INESC TEC explica que esta alcança-se ao instalar uma espécie de asa na parte inferior (via JN).
Ao fazer isso, consegue-se reduzir o “arrasto hidrodinâmico”. Em relação a esta inovação, sabe-se ainda que a mesma levou cerca de 2 anos. Foi feita entre a Mobyfly, da Suíça, o INESC TEC, a Corvus e o grupo Catana.
O primeiro protótipo foi visto há cerca de 2 anos
Como refere a mesma fonte de informação, o primeiro protótipo deste barco elétrico foi mostrado no ano de 2022. Na altura, foi criado por causa do projeto FlyPass e contou com financiamento da Islândia, Liechtenstein e Noruega.
Entrando em detalhes mais técnicos, quem se pronuncia sobre as particularidades deste barco é Bruno Ferreira. Segundo o investigador do INESC TEC, este barco elétrico usa “um grupo motopropulsor elétrico aliado a tecnologia de gestão da energia, através de carregamento rápido das baterias e desenvolvimento de módulos de baterias exclusivos”
Desta forma, o próprio garante que são alcançadas todas as necessidades energéticas do barco, sem nunca comprometer uma boa velocidade e autonomia. Depois da apresentação, o próximo plano já está traçado: “produzir esta tecnologia a uma escala industrial”.
Quem o refere é Ricardo Bencantel, cofundador da Mobyfly. Assim, seria possível reduzir a pegada ecológica negativa deste tipo de transportes. Como refere o INESC TEC, estes são responsáveis por mais de 3% das emissões de CO2 no mundo.