
A criação desta comissão para o festival de verão surge um dia depois de a Quercus ter criticado o novo local escolhido para o evento, junto à Reserva Natural, admitindo recorrer aos tribunais, caso os promotores não optem por outra localização.
Em resposta, a autarquia diz ter solicitado por carta enviada na segunda-feira ao ministro do Ambiente “a análise a este assunto e a criação de uma Comissão de Acompanhamento”, mostrando-se disponível “para as medidas de acompanhamento e verificação” que a entenda tomar.
“A Câmara Municipal de Gaia tem uma total disponibilidade para demonstrar que as preocupações dos ambientalistas são infundadas”, refere a nota da autarquia que recusa a existência de “qualquer acréscimo de prejuízo para a Reserva com a nova localização da realização do festival”.
De acordo com o comunicado do ministério do Ambiente, a comissão de acompanhamento terá como missão “definir medidas de minimização prévias à realização do Festival Marés Vivas, nomeadamente o local e orientação do palco, a delimitação de zonas de circulação interdita, as barreiras acústicas suplementares e todas as que se julgarem relevantes que reduzam potenciais impactos ambientais”.
A comissão, que integra três representantes do Ministério do Ambiente, irá também “acompanhar e fiscalizar as atividades ligadas ao referido festival, recolhendo informação sobre o ruído produzido e a perturbação efetiva provocada sobre a fauna local”.