
A 22 de setembro, regressa o outono e os grandes concertos ao Coliseu Porto Ageas. Em palco, a Orquestra Metropolitana de Lisboa e o pianista Mário Laginha vão interpretar, neste Concerto de Outono, “O Pássaro de Fogo”, de Stravinsky, “Rhapsody in Blue”, de Gershwin, e “No Reino da Natureza”, Op. 91, de Dvorák.
O maestro Pedro Amaral dirige a Orquestra Metropolitana de Lisboa. No piano estará Mário Laginha, pianista e compositor que conta com mais de três décadas de carreira. Trata-se de um regresso antecipado a uma das mais emblemáticas salas do país: há mais de 10 anos que Laginha não atua no Coliseu.
De acordo com nota enviada às redações, “para o Concerto de Outono, uma coprodução entre o Coliseu Porto Ageas e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, é traçada uma linha entre a monumentalidade sinfónica oitocentista e as urgências sonoras no Novo Mundo”.
O concerto começa com o Op. 91 de A. Dvorák, uma das três aberturas com que o compositor checo se apresentou ao público nova-iorquino em 1892. “No Reino da Natureza” é um poema sinfónico que não esconde uma dimensão espiritual panteísta, porventura nostálgica de um passado presente.
Contrasta depois a “Rhapsody in Blue” de G. Gershwin, obra composta em 1924 em Nova Iorque, no tempo da proibição do consumo do álcool, da proliferação dos espaços de entretenimento noturno e do jazz.
Por fim, recua-se até 1909, com a exuberância musical do bailado “O Pássaro de Fogo”, “a primeira incursão de Igor Stravinsky fora do seu país, e logo no panorama musical parisiense. Nesta partitura, o compositor aproveitou a sugestão sobrenatural do enredo para se abandonar em ritmos frenéticos que tanto chocaram os mais conservadores como entusiasmaram grande parte da assistência”, pode ler-se na nota.