Durante 25 anos a Casa Serralves será morada da Coleção Miró. Fruto de um protocolo entre a Câmara do Porto e a Fundação Serralves, 85 obras do artista catalão vão ser expostas.
Em 2018, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira anunciava o “Protocolo de Depósito e de Promoção Cultural”, que visava que o Estado Português, até então detentor da coleção, cedesse as obras ao Município durante o período de 25 anos.
Para Rui Moreira este é “um bom negócio para a cidade do Porto porque, de certa maneira, fomos os inspiradores da permanência da obra em Portugal”.
Era responsabilidade do Município, zelar pela proteção, conservação, divulgação e promoção cultural das obras. A entidade capaz de assegurar tudo era a Fundação Serralves, pelo seu reconhecimento e ambicioso programa de exposições de obras de arte de referência que desenvolve. “Esta decisão salvaguarda o interesse público e nacional” sublinha o presidente.
Por ano, o Município do Porto irá pagar o valor de 100 mil euros e um financiamento de até um milhão de euros para obras de ampliação, remodelação ou conservação daquele espaço de modo a garantir as condições para a permanência da exposição, uma intervenção entregue nas mãos do arquiteto Álvaro Siza Vieira.
Com as obras em fase de conclusão, António Costa, primeiro-ministro, visitou o local com Rui Moreira na passada terça-feira.
