Enquanto decorrem os trabalhos de reparação do tabuleiro superior da ponte Luiz I, a ligação de metro entre as margens do Douro está a ser efetuada por um serviço vaivém de autocarros. No entanto, a maioria dos clientes prefere fazer o atravessamento da ponte a pé.
“A experiência dos primeiros quatro dias de interrupção da circulação do metro no tabuleiro superior aponta para que a alternativa preferencial dos clientes para a ligação entre Gaia e o Porto é mesmo o atravessamento pedonal da ponte” disse à Lusa fonte da Metro do Porto, citada pelo Notícias ao Minuto.
Mais de 90% dos clientes preferem percorrer a pé a distância de 800 metros entre as estações de São Bento (Porto) e do Jardim do Morro (Gaia), revelou.
De recordar que os trabalhos de reparação de uma avaria na Ponte Luiz I impossibilita a sua utilização para a circulação da Linha Amarela (D) do metro desde o dia 22 de junho e por um período estimado de 10 dias.
A Metro do Porto está a disponibilizar um serviço vaivém de autocarros entre as estações de São Bento e do Jardim do Morro. No entanto, “naturalmente, o tempo de ligação assegurado pelo metro – dois minutos – é imbatível se comparado com o atravessamento em autocarro”.
“Os autocarros contratados que fazem o vaivém direto entre as estações São Bento e Jardim do Morro têm realizado um tempo de percurso médio na ordem dos 20 minutos, estando sujeitos às contingências do trânsito”, explicou a Metro do Porto, acrescentando que a taxa de ocupação deste serviço é de cerca de 20% no sentido Gaia/Porto e de cerca de 30% no sentido inverso.
Segundo a empresa, “em dia útil, cerca de duas mil pessoas viajam neste transporte alternativo”, que está a ser garantido por oito autocarros em exclusivo, “permitindo que sempre que um veículo de metro chega a uma das estações haja um autocarro à espera dos clientes, ou seja, o eventual tempo de espera até à partida é feito a bordo”, explicou a fonte.
Segundo avança o Notícias ao Minuto, a Metro do Porto vai continuar a disponibilizar este serviço de transporte direto e dedicado entre aquelas estações enquanto durar a intervenção na Ponte Luiz I e admite “reforçar o número de autocarros em circulação, se tal se justificar”.
De recordar que os clientes do Metro do Porto podem utilizar as linhas regulares da STCP – especialmente a 904 e 905 – e dos operadores rodoviários privados, bem como a ligação em comboio CP entre as estações de General Torres e de Campanhã.
Durante o período de reparação da avaria, a Linha Amarela continua a funcionar, operando em dois segmentos: entre as estações de S. Bento e do Hospital de S. João (Porto), com a oferta habitual, e entre as estações de Jardim do Morro e de Santo Ovídio (Gaia), com uma frequência de dez minutos.